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Piloto de avião com Lula declarou emergência pouco após decolagem; presidente foi chamado à cabine

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Voo ficou dando voltas em torno do aeroporto Felipe Angeles, na capital mexicana, até gastar combustível para poder pousar. Houve tensão entre os passageiros, mas não pânico, segundo fontes do governo. 

Por Pedro Henrique GomesGuilherme MazuiValdo Cruz, g1 e GloboNews — Brasília

O piloto do avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comitiva nesta terça-feira (1º), no México, declarou situação de urgência à torre de controle logo após decolagem. É o que mostra o áudio com a gravação entre o piloto e a torre, a que o g1 teve acesso (ouça abaixo).

Quando identificou o problema, o piloto chamou Lula à cabine para informar a situação. Houve tensão entre os passageiros (veja mais abaixo nesta reportagem). 

O avião presidencial decolou do aeroporto da Cidade do México por volta de 17h30, no horário de Brasília. Lula havia participado da cerimônia de posse da nova presidente mexicana, Claudia Sheinbaum. 

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Por causa de um problema técnico, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo não prosseguiu para Brasília, como estava previsto. Em vez disso, ficou dando voltas em torno do aeroporto Felipe Angeles, na capital mexicana, até gastar combustível para poder pousar em segurança. Esse processo durou quase 5h. 

No áudio gravado da comunicação, realizada em inglês, o piloto chama a torre de controle e identifica a aeronave pelo código BRS01. Na sequência, pede para fazer uma curva à direita e usa a expressão “pan-pan, pan-pan, pan-pan”. 

A expressão faz parte do vocabulário utilizado pelos pilotos e controladores para a comunicação durante os voos. É utilizada para situações de urgência, mas menos sérias do que o “mayday”. Após o acionamento pelo piloto, a aeronave que declara urgência é tratada com prioridade pela torre de controle. 

“Pan-pan” pode ser utilizada em situações em que alguém no voo precise de atendimento médico ou quando existe algum problema em um equipamento do avião que não é imprescindível para o seu funcionamento. 

Na gravação, o piloto do avião presidencial pede para virar imediatamente à direita. A torre concorda e pergunta se o piloto gostaria de pousar novamente. 

O piloto brasileiro responde que não seria possível realizar o pouso naquele momento. Em seguida, pede orientações para realizar um trajeto em foi feita a queima de combustível, com uma altitude de 13 mil pés. 

As autoridades ainda não informaram qual foi o problema técnico e a causa. 

Lula foi chamado à cabine

Tão logo percebeu que havia algo atípico no voo, o piloto chamou Lula à cabine, para explicar a situação. 

A impressão do piloto, segundo relataram fontes do governo, é que havia um barulho estranho desde a decolagem. Um “som estranho”. 

Depois houve um tranco, e os pilotos avisaram que era uma situação de “emergência controlada” e que o avião iria manter a proximidade com o aeroporto. 

Houve susto e apreensão entre os passageiros, mas não chegou a evoluir para pânico.