De acordo com o climatologista Werton Costa, a chuva da noite de 31 de dezembro, que se estendeu até os primeiros minutos de 1º de janeiro de 2022, foi a maior já registrada em Teresina. A chuva teve precipitação total de 101,6 mm. Em Campo Maior, a 80 km da capital, o índice registrado foi ainda maior, 103 mm.
“A capital cravou no 1º dia de janeiro a maior chuva já registrada, 101,6 milímetros de precipitação, sendo 500 milímetros num intervalo inferior a uma hora”, comentou o climatologista.
Werton explica que o Piauí passa por condições que favorecem esta instabilidade meteorológica. O aquecimento do Atlântico, a umidade vinda da região amazônica e os efeitos da Zona de Convergência do Atlântico Sul afetam o clima do estado.
“É a Zona de Convergência do Atlântico Sul que está despejando quantidades imensas de umidade sobre o território piauiense e favorecendo chuvas localizadas na Grande Teresina, Médio Parnaíba e no Extremo Sul do Piauí”, disse Werton.
Famílias desabrigadas
Cerca de 8 famílias tiveram as casas alagadas no bairro Mafrense, na Zona Norte de Teresina. Com a chuva ocorrida entre sexta-feira (31) e este sábado (1), houve um aumento no nível das águas de uma lagoa, que acabou atingindo as oito residências.
O nível de água de uma lagoa do bairro Mafrense acabou subindo e as casas foram atingidas. Os moradores tentaram salvar os poucos pertencentes que tinham, em um momento em que boa parte da população comemorava a virada do ano.
“Todo mundo comemorando e eu chorando porque a minha casa estava cheia de água e eu tentando retirar as minhas coisas. Então é muito difícil para mim”, lamentou a moradora Rosilene Sousa que mora com os filhos.
A água invadiu também Maternidade do Satélite, na Zona Leste da capital, e várias salas ficaram alagadas, como foi registrado por fotos e vídeos. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que a situação aconteceu devido a um bueiro da região, e que o atendimento foi suspenso até a retirada da água. A situação já foi normalizada.
Fonte:G1