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Alckmin se reúne no ministério para discutir a taxação de aço e alumínio proposta por Trump, mas não revela a resposta do Brasil.

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Alckmin acelera retorno a Brasília para discutir tarifas de 25% sobre aço e alumínio nos EUA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, antecipou seu retorno a Brasília nesta segunda-feira (10) para tratar da possível imposição de uma tarifa de 25% sobre as exportações de aço e alumínio brasileiras, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Alckmin, que havia cumprido agenda em Valinhos, no interior de São Paulo, agendou uma reunião com sua equipe ministerial para preparar uma resposta ao anúncio de Trump. No entanto, após o encontro, o vice-presidente não revelou detalhes sobre as medidas que o Brasil poderá adotar.

Essa postura cautelosa reflete a estratégia defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também preconizou esperar por ações concretas antes de adotar uma resposta oficial.

Relação comercial equilibrada e espera por desdobramentos

Antes de seguir para Brasília, Alckmin comentou que a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é “equilibrada” e ressaltou a importância de aguardar os desdobramentos da proposta de taxação. “É uma relação equilibrada, um ganha-ganha. Eles até têm um pequeno superávit sobre o Brasil. Vamos aguardar a questão da taxação. Na última vez que isso ocorreu, foram estabelecidas cotas, então vamos esperar. A nossa disposição é sempre de colaboração e parceria em benefício das nossas populações”, afirmou.

Ele também lembrou que, durante o primeiro mandato de Trump, foram anunciadas tarifas, mas o Brasil conseguiu negociar cotas para mitigar o impacto da medida.

Possíveis impactos para o Brasil

O Brasil é um dos maiores exportadores de aço e alumínio para os Estados Unidos. Em 2024, o país foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, conforme dados do Departamento de Comércio norte-americano. A implementação da tarifa pode afetar diretamente o setor.

A equipe econômica do governo acredita que qualquer reação à taxação deve ser coordenada com outros órgãos, como o Ministério das Relações Exteriores, para garantir uma resposta estratégica caso o anúncio de Trump se confirme.

Retaliações e diplomacia

Questionado sobre a possibilidade de retaliações tarifárias, Alckmin manteve o foco na diplomacia, enfatizando a importância do diálogo antes de tomar medidas mais drásticas. “Vamos aguardar, porque acreditamos muito no diálogo. Isso já aconteceu antes, mas houve cotas. A parceria Brasil-Estados Unidos é equilibrada, é um ganha-ganha. Nós exportamos para eles, eles exportam para nós”, declarou.

O governo brasileiro busca evitar conflitos comerciais prematuros e explorar alternativas para minimizar os impactos negativos sobre as exportações nacionais.

Próximos passos

A reunião convocada por Alckmin visa alinhar a posição do Brasil diante da possível taxação e garantir que o país esteja preparado caso o anúncio de Trump se concretize. O governo ainda não planeja uma resposta imediata, mas está desenvolvendo um plano para agir se necessário. A expectativa é que qualquer decisão oficial seja tomada em conjunto com outros ministérios, considerando os interesses estratégicos do Brasil na relação com os Estados Unidos.