
As polícias do Senado e Civil da Bahia realizaram nesta quinta-feira (13) a segunda fase da Operação Hermes, que investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar parlamentares por meio do desvio de milhas aéreas.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas e Una, no estado da Bahia. Ninguém foi preso durante a operação. O material recolhido será analisado pela polícia antes de ser encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra os envolvidos.
Segundo a Polícia Legislativa do Senado, o grupo teria causado um prejuízo superior a R$ 2 milhões. Durante a ação, os agentes identificaram possíveis integrantes da quadrilha e apreenderam documentos, celulares e computadores utilizados no esquema.
As investigações apontam que a organização criminosa utilizava dados de parlamentares para acessar milhas aéreas, convertê-las em passagens e revendê-las a terceiros. Há indícios de que o grupo comete crimes cibernéticos há pelo menos 19 anos. Um dos suspeitos, segundo um policial envolvido na operação, é conhecido pelo apelido de “senador”.

Os investigadores também encontraram planilhas detalhando o funcionamento do esquema e a movimentação dos valores desviados.
Esta foi a segunda fase da Operação Hermes, cuja primeira etapa ocorreu no ano passado em Curitiba (PR). A Polícia Legislativa do Senado não divulgou os nomes dos parlamentares afetados pelo golpe, mas apurações indicam que um deles é o senador Dr. Hiran (PP-RR).