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Alessandro Stefanutto: perfil do ex-presidente do INSS demitido após investigação sobre fraudes bilionárias

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Alessandro Stefanutto, demitido da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é filiado ao PDT e foi nomeado para o cargo em julho de 2023 por indicação do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também do PDT. Na época da nomeação, Stefanutto ainda integrava os quadros do PSB, partido do qual se desvinculou em janeiro deste ano ao migrar para o PDT.

A exoneração de Stefanutto ocorreu nesta quarta-feira (23), após seu afastamento determinado pela Justiça em meio à operação “Sem Desconto”, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação aponta a existência de um esquema de fraudes no INSS, com descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. O montante desviado pode chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo os órgãos envolvidos.

Em resposta à operação, o PSB divulgou uma nota afirmando que Stefanutto não foi indicado ao cargo pela legenda, apesar de estar filiado ao partido no momento da nomeação. “O PSB esclarece que Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), não é indicação do partido”, diz o comunicado, publicado no site da sigla.

Durante coletiva de imprensa, o ministro Carlos Lupi reafirmou que a escolha de Stefanutto foi exclusivamente sua, assumindo total responsabilidade pela nomeação.

Formado em Direito pela Universidade Mackenzie, Stefanutto é mestre em Gestão e Sistema de Seguridade Social pela Universidade de Alcalá, na Espanha. Antes de assumir a presidência do INSS, ocupou o cargo de diretor de Orçamento, Finanças e Logística na autarquia. Ele também atuou como procurador-geral federal especializado junto ao INSS entre 2011 e 2017, além de ter passagens pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e pela Receita Federal. Ainda integrou a equipe de transição entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, colaborando na área de Previdência Social.