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PF investiga ex-candidato a prefeito do Piauí por suposto uso político de cestas básicas

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Ex-candidato a prefeito é alvo da PF por suspeita de uso político de cestas básicas no Norte do Piauí

O ex-candidato a prefeito de Sigefredo Pacheco, no Norte do Piauí, Paulo Henrique PH (MDB), foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (1º). A ação faz parte de uma investigação sobre o uso de benefícios sociais, como cestas básicas, para fins eleitorais.

A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE-PI), que apontou a suposta distribuição de cerca de 700 cestas básicas em junho de 2025, com objetivos políticos relacionados às eleições de 2024.

Durante a operação, a PF apreendeu documentos e cestas básicas destinadas ao município por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Os materiais recolhidos passarão por análise.

Posicionamento do MDS

Por meio de nota, o MDS esclareceu que a doação das cestas ocorreu após solicitação formal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), com base na Portaria nº 1.023/2024. O objetivo era atender comunidades tradicionais atingidas pela seca, como ribeirinhos, quebradeiras de coco, pescadores artesanais e extrativistas.

Ainda segundo o ministério, após denúncias recebidas em 13 de junho, o MDA foi notificado sobre possíveis irregularidades na distribuição em Sigefredo Pacheco. O MDS ressaltou que a operação policial reflete o compromisso da pasta com a legalidade, a transparência e o bom uso dos recursos públicos voltados à segurança alimentar.

Defesa de Paulo Henrique

Em nota, Paulo Henrique afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade. Segundo ele, a solicitação das cestas foi feita de forma formal e legal ao MDS, com base na mesma portaria mencionada, e visava atender famílias em situação de vulnerabilidade.

O ex-candidato alegou ainda que a entrega das mais de 1.000 cestas foi coordenada por um servidor público federal designado para a tarefa e que sua participação se limitou ao acompanhamento das ações como líder comunitário.

Paulo Henrique também rebateu as acusações de uso político, afirmando que a ação não tem relação com campanhas eleitorais, já que não há período eleitoral vigente nem confirmação de futura candidatura.

A defesa informou que recorrerá da decisão judicial que autorizou o mandado de busca e apreensão, por considerá-la precipitada e passível de reversão.