Cerca de 900 turistas continuam retidos nas proximidades de Machu Picchu, no Peru, após a suspensão temporária do serviço de trem que dá acesso ao local. A informação foi confirmada nesta terça-feira (16) pela ministra do Comércio Exterior e Turismo, Desilú León.
A empresa PeruRail, responsável pelo transporte, informou que interrompeu as viagens na segunda-feira (15) porque a rota ferroviária foi bloqueada por pedras de diferentes tamanhos. O material apareceu após manifestações de moradores ligadas a um impasse entre empresas de ônibus e autoridades locais.
Segundo a ministra, a polícia auxiliou na retirada de cerca de 1.400 turistas que estavam em Aguas Calientes — povoado que serve de base para visitar a cidadela inca, localizada no alto da montanha. No entanto, outros 900 visitantes não conseguiram deixar a região.
“Esses turistas estavam prontos para sair à noite, mas, devido aos problemas na estrada, não seria seguro prosseguir”, disse León em entrevista à rádio RPP.

Entenda a origem do conflito
O protesto teve início após o fim da concessão da Consettur, empresa que operava o transporte de ônibus de Aguas Calientes até a entrada de Machu Picchu. Uma nova companhia, contratada pelo distrito vizinho de Urubamba, não pôde iniciar as atividades devido à resistência de motoristas locais, o que gerou manifestações.
A Ferrocarril Transandino, controlada pela PeruRail, afirmou em nota que pessoas não autorizadas realizaram escavações na rota, comprometendo a estabilidade da via férrea e dificultando a retirada completa dos turistas.
Enquanto isso, a organização internacional New7Wonders alertou, em comunicado, que a continuidade do conflito pode afetar a credibilidade de Machu Picchu como uma das sete novas maravilhas do mundo, título concedido em 2007.















