John Kerry, enviado especial dos EUA para mudanças climáticas, participará de negociações bilaterais com o responsável por mudanças climáticas da China, Xie Zhenhua, em Pequim, de 16 a 19 de julho

REUTERS/Aly Song
Os Estados Unidos e a China tentarão retomar os esforços para combater o aquecimento global nesta semana, em reuniões bilaterais que os observadores esperam que elevem o nível de ambições antes das negociações climáticas patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) no final de 2023
As negociações seguem-se a duas outras visitas de alto nível dos Estados Unidos à China neste ano, enquanto os maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo trabalham para estabilizar uma relação tensa por disputas comerciais, tensões militares e acusações de espionagem.
John Kerry, enviado especial dos EUA para mudanças climáticas, participará de negociações bilaterais com o responsável por mudanças climáticas da China, Xie Zhenhua, em Pequim, de 16 a 19 de julho. Eles se concentrarão em questões como: a redução das emissões de metano; limitação do uso de carvão; redução do desmatamento; e ajuda aos países pobres para lidar com o clima.
A dupla, que cultivou um relacionamento caloroso ao longo de mais de duas décadas de diplomacia, provavelmente também discutirá as objeções da China às tarifas dos EUA e outras restrições às importações de componentes de baterias e painéis solares chineses, dizem observadores.
Washington está tentando proteger os fabricantes americanos de concorrentes de baixo custo na China, incluindo aqueles que suspeita de usar trabalho forçado, o que é negado por Pequim.
“Eu não procuraria avanços nessas reuniões, mas minha esperança é que elas restaurem o alinhamento e a diplomacia normais”, disse David Sandalow, diretor do programa EUA-China no Centro de Política Energética Global.
Estados Unidos impõem medidas caras para limpar.
Kerry é a terceira autoridade dos EUA, depois do secretário de Estado, Antony Blinken, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, a visitar a China este ano para tentar restabelecer uma relação bilateral estável.
Ambos os países dizem que devem ser capazes de colaborar na mudança climática, independentemente de outras divergências.
Li Shuo, do Greenpeace em Pequim, explicou que as negociações agendadas mostram que a mudança climática “ainda é a pedra de toque para o relacionamento bilateral mais importante do mundo”.
Fonte:https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eua-e-china-pretendem-reviver-a-cooperacao-climatica-em-meio-ao-aumento-de-tensoes/