
Alckmin representará o Brasil na cerimônia de início do pontificado do Papa Leão XIV
O vice-presidente Geraldo Alckmin será o representante oficial do governo brasileiro na missa solene que marcará o início do pontificado do Papa Leão XIV, no próximo domingo (18), no Vaticano. A celebração reunirá líderes de diversas nações e simbolizará o início oficial do novo papado.
Alckmin participará do evento em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retorna nesta quarta-feira (14) de compromissos internacionais na Rússia e na China. Após sua chegada ao Brasil, Lula deve seguir para o Uruguai, onde participará do velório do ex-presidente José Mujica.
O Papa Leão XIV, de origem americana-peruana, assumiu recentemente o comando da Igreja Católica e já tem se destacado por sua postura pacifista e disposição para atuar como mediador em conflitos internacionais. Nesta quarta-feira, ele voltou a fazer um apelo por negociações e diálogo como alternativa à guerra.
“Os povos desejam paz. Aos líderes do mundo, eu digo com todo o meu coração: vamos nos encontrar, dialogar, negociar. A guerra nunca é inevitável. As armas devem se calar, pois não solucionam conflitos — apenas os agravam. De minha parte, farei todo o possível para que a paz prevaleça”, declarou o pontífice.
Seguindo a linha do Papa Francisco, Leão XIV reafirmou o compromisso da Santa Sé em contribuir para a reconciliação entre nações e povos em disputa, e reforçou que o diálogo é o caminho para restaurar a dignidade humana onde houver sofrimento.
Chamado global pela paz
Em um encontro com representantes das 23 Igrejas católicas orientais, o Papa citou conflitos em andamento ao redor do mundo, como na Terra Santa, Ucrânia, Líbano, Síria, Etiópia (região do Tigré) e Cáucaso. Ele expressou preocupação com a violência e reafirmou a disposição do Vaticano em atuar como ponte para o entendimento entre adversários.
“A Santa Sé está pronta, a qualquer momento, para promover encontros entre inimigos e facilitar conversas que devolvam às pessoas a esperança e a dignidade da paz”, afirmou.
Defesa dos cristãos no Oriente Médio
Durante o discurso, o Papa também abordou a situação dos cristãos no Oriente Médio, que enfrentam discriminação e insegurança. Ele fez um apelo por proteção e respeito aos direitos dessas comunidades.
“É essencial que os cristãos tenham, não apenas em palavras, mas na prática, o direito de permanecer em suas terras com segurança e dignidade. Precisamos lutar por isso”, disse Leão XIV.
A participação de Alckmin na cerimônia em Roma reforça a posição do Brasil como defensor do diálogo internacional e da paz entre as nações. A celebração acontece em meio a um cenário global marcado por tensões geopolíticas e tentativas de mediação.