
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), anunciou nesta segunda-feira (10) mudanças na liderança de várias delegacias importantes do estado, após uma série de casos de violência e corrupção envolvendo a Polícia Civil e a Polícia Militar. As alterações ocorrem após investigações de agentes suspeitos de envolvimento com o PCC.
Entre as mudanças, a mais destacada é a nomeação de Luiz Carlos do Carmo para o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), que supervisiona as delegacias da Região Metropolitana. Outros novos postos incluem Flávio Ruiz Gastaldi no Deinter 6 em Santos, Júlio Guebert no Departamento de Administração e Planejamento (DAP) da Polícia Civil, e Marcelo Jacobucci no Departamento de Inteligência (Dipol).
Em janeiro, Derrite já havia promovido trocas em outras áreas, como o DEIC, o Denarc e a Corregedoria, após o caso envolvendo Vinícius Gritzbach, o delator do PCC morto em novembro de 2024. A investigação do caso resultou na prisão de 26 pessoas, incluindo 22 policiais, alguns deles envolvidos diretamente na execução do delator.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) endossou a manutenção de Derrite à frente da SSP, mesmo diante das crises e acusações, afirmando que não é o momento de realizar mudanças, pois ele confia em sua equipe e considera a responsabilidade pelos erros como sendo sua.

Recentemente, a violência policial gerou grande repercussão, como no caso de um PM filmado jogando um homem de uma ponte em São Paulo, ou da morte de um estudante de medicina durante uma abordagem policial. Tarcísio também reconheceu a importância das câmeras corporais para os policiais, afirmando que ampliará o programa para proteger tanto a sociedade quanto os próprios policiais.
Em relação à violência policial, o governador anunciou que iniciará um processo de reciclagem do efetivo, com treinamentos e revisão de procedimentos operacionais, para prevenir abusos e garantir a responsabilidade nas ações da PM.