
Terremoto de 8,8 atinge base de submarinos nucleares na Rússia; danos são leves, diz NYT
Uma base de submarinos nucleares localizada no Extremo Oriente da Rússia sofreu danos leves após o forte terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a região na semana passada. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo jornal The New York Times, com base em imagens de satélite fornecidas pela empresa Planet Labs.
As imagens mostram que uma parte de um píer flutuante se soltou da estrutura principal na base de Rybachiy, situada na Península de Kamchatka, onde opera uma das principais instalações da Frota do Pacífico da Marinha russa. Apesar dos danos, os demais píeres permanecem intactos, e ao menos cinco submarinos continuam atracados nas proximidades da área afetada.
Segundo o NYT, nenhum aumento nos níveis de radiação foi detectado por órgãos internacionais que monitoram atividades nucleares. Até o momento, não houve pronunciamento oficial do governo russo nem cobertura da imprensa estatal sobre o ocorrido.
O terremoto aconteceu na quarta-feira (30), com epicentro localizado a cerca de 130 km da base naval. Ondas de tsunami foram observadas no mar aberto, mas não atingiram Petropavlovsk-Kamchatskiy, capital regional situada na mesma baía da base. A cidade registrou apenas danos materiais leves.
Construída ainda na era soviética, a base de Rybachiy está localizada em uma enseada protegida das tempestades do Pacífico. Desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022, novos píeres foram instalados no local, segundo o jornal americano.

O grupo independente Conflict Intelligence Team, que acompanha as forças armadas russas com base em fontes abertas, informou que os danos são limitados e não devem comprometer a operação da base. A expectativa é de que os reparos necessários sejam de baixo custo.
O terremoto de 8,8 graus na escala Richter foi registrado na costa de Kamchatka e chegou a gerar alertas de tsunami em regiões distantes, como a Polinésia Francesa e o Chile. Logo após o tremor, houve ainda a erupção de um dos vulcões mais ativos da península.