Na manhã desta quarta-feira (12), o Globocop registrou imagens do avião que colidiu com um carro durante a decolagem no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão, na noite de terça-feira (11).
Técnicos da Gol analisavam os danos na fuselagem e no trem de pouso da aeronave. Do alto, era possível notar ao menos um ponto avariado. Enquanto isso, equipes do RIOgaleão inspecionavam a pista onde ocorreu o impacto, aparentemente em busca de destroços.
O Boeing 737 Max 8 foi deslocado para a área de manutenção da United Airlines, um espaço isolado dos terminais de passageiros, das vias de taxiamento e das pistas de operação.
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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a caminhonete Chevrolet S10 da equipe de manutenção completamente destruída após a colisão com o avião.
O acidente
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A aeronave PS-GPP, da Gol, estava prestes a decolar com destino a Fortaleza quando, por volta das 22h, a torre de controle autorizou a manobra. No momento em que o avião ganhava velocidade para sair do solo, passageiros sentiram um forte impacto. O Boeing havia atingido um veículo da RIOgaleão que estava na pista.
A concessionária confirmou o incidente e informou que não houve feridos, nem interrupção nas operações do aeroporto. A Gol disponibilizou um voo extra para Fortaleza aos passageiros que decidiram seguir viagem, enquanto aqueles que optaram por permanecer no Rio receberam suporte com acomodação, transporte e alimentação.
O procurador de justiça Átila de Oliveira, passageiro do voo e residente no Ceará, relatou que o impacto ocorreu quando a aeronave já estava em alta velocidade.
“Pelo que percebi, estávamos muito próximos da decolagem. Sentimos um solavanco e um barulho forte. O piloto iniciou a frenagem, e houve uma apreensão enorme para saber se conseguiríamos parar antes do fim da pista. Felizmente, estamos aqui para contar a história”, afirmou.
Diálogo com a torre
O g1 teve acesso à comunicação entre o piloto e a torre de controle logo após o acidente.
“Gol 1674 abortou a decolagem… havia um carro no meio da pista”, informou o comandante do Boeing 737 Max 8.
A controladora de tráfego aéreo questionou se a colisão realmente ocorreu na pista, e o piloto confirmou: “No eixo da pista!”.