
O deputado português de extrema-direita Miguel Arruda foi acusado de furtar malas em diversos aeroportos, o que levou à sua expulsão do partido Chega, conforme anunciou o grupo.
Segundo a imprensa, a polícia interrogou Arruda na terça-feira (21), no aeroporto de Lisboa, e o acusou formalmente de roubo de bagagem. Algumas malas desaparecidas teriam sido encontradas em sua residência. Aos 40 anos, o parlamentar negou as acusações.
“Estou sendo julgado pela opinião pública (…), mas sou inocente até prova em contrário”, afirmou Arruda à emissora TVI na quinta-feira (23).
Mesmo expulso, o deputado decidiu manter seu cargo na Assembleia como independente. Durante a sessão parlamentar desta sexta-feira (24), ele foi vaiado por integrantes de seu antigo partido. O presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco, determinou que Arruda se sentasse no fundo da Câmara, área destinada a legisladores sem filiação partidária.
Reportagens apontam que a polícia possui imagens de câmeras de segurança que mostram o deputado retirando malas da esteira de bagagens e colocando-as em sua própria mala. Arruda, no entanto, alegou que os vídeos podem ter sido manipulados com o uso de inteligência artificial.
A Procuradoria-Geral, por meio de uma porta-voz, declarou nesta sexta-feira que “medidas foram tomadas no âmbito de uma investigação relacionada a fatos que não têm ligação com suas funções oficiais”.
O líder do Chega, André Ventura, explicou sua decisão: “Como presidente do partido, não posso permitir que ele permaneça no grupo parlamentar diante dessas circunstâncias”, afirmou na quinta-feira, após encontro com Arruda.
Além disso, veículos de imprensa em Portugal reportaram que o deputado supostamente vendia os pertences encontrados nas malas em plataformas online de produtos usados.