O pedido da Prefeitura de Teresina para contratar um empréstimo de R$ 435 milhões começou a tramitar nesta terça-feira (23) na Câmara Municipal. A gestão atual justifica a solicitação afirmando que o objetivo é quitar uma dívida contraída pela administração anterior, no mesmo valor, mas com condições de juros mais favoráveis.
Com a nova operação de crédito, o município teria direito a um período de carência de um ano. O requerimento foi lido em plenário e seguirá agora para avaliação das comissões de Finanças e de Legislação.
O presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), destacou que a medida busca restabelecer o equilíbrio das contas públicas:
“Sem equilíbrio fiscal mínimo, a Prefeitura não consegue garantir serviços de qualidade à população”, ressaltou.
CPIs do Lixo e da Dívida
Na mesma data, representantes das secretarias de Finanças e Planejamento participaram de reunião com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Bilionária. A pauta envolveu esclarecimentos sobre pagamentos que chegaram a R$ 50 milhões para uma única empresa no fim da gestão passada, além de desapropriações que custaram cerca de R$ 40 milhões ao município.
Segundo o vereador Dudu (PT), a CPI quer analisar com detalhes a quitação de empréstimos junto ao BRB (Banco de Brasília):
“Precisamos entender como se deu o pagamento do empréstimo, já que houve repasses de R$ 45 milhões e R$ 55 milhões para a mesma empresa. Também queremos identificar os servidores responsáveis pelas avaliações dos terrenos desapropriados”, explicou.
Ainda nesta terça-feira (23), a CPI da Limpeza Pública ouviu o gerente da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB), Alexandre Neto, e o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Piauí (SEEACEP), Jônatas Miranda.
