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Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília 

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A parte norte da capital federal amanheceu encoberta por uma névoa densa nesta segunda-feira (16).

Por Jornal Nacional

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília

No Centro-Oeste do Brasil, a fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalhou por Brasília, nesta segunda-feira (16). 

A parte norte da capital federal amanheceu encoberta por uma névoa densa. O Parque Nacional de Brasília é uma área de conservação do Cerrado, com quase 42 mil hectares. De acordo com a plataforma suíça IQAir, a qualidade do ar ficou insalubre. 

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo 

A fumaça invadiu casas e tomou o céu atrás do Estádio Nacional Mané Garrincha. A Universidade de Brasília e ao menos 17 escolas públicas suspenderam as aulas. 

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o fogo destruiu dois mil hectares do parque. Para combater os incêndios, o governo do Distrito Federal cancelou as férias de bombeiros. 

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo 

A fumaça chegou ao caminho do presidente Lula, na saída do Palácio da Alvorada, a 20 quilômetros do parque. Também tomou conta da Esplanada dos Ministérios e podia ser vista da janela do Palácio do Planalto, enquanto o presidente discutia a crise ambiental com ministros e líderes de partidos. 

Na reunião, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou dados sobre as ações de combate ao fogo. A fumaça já 60% do território do Brasil. 

Fumaça pode ser vista da janela do Palácio do Planalto durante reunião entre ministros e líderes de partidos — Foto: Reprodução/TV Globo

Fumaça pode ser vista da janela do Palácio do Planalto durante reunião entre ministros e líderes de partidos — Foto: Reprodução/TV Globo 

Lula também conversou com os presidentes do Supremo Tribunal Federal e do Congresso e marcou uma reunião na terça-feira (16) dos três poderes, incluindo institutos ambientais, Ministério Público e Tribunal de Contas da União. O secretário de Comunicação da Presidência, ministro Paulo Pimenta, falou em responsabilidade compartilhada. 

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, do PT, que participou das reuniões, o governo trabalha por um pacto nacional para enfrentar a tragédia, incluindo governadores e prefeitos. Randolfe disse que o governo vai alertar o Congresso sobre propostas que afrouxam regras ambientais e também quer agilidade nas investigações contra autores de incêndios nas polícias e na Justiça. 

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo

Fumaça do incêndio no Parque Nacional se espalha por Brasília — Foto: Reprodução/TV Globo

Em um evento no Conselho Nacional de Justiça, o presidente do Supremo, ministro Luis Roberto Barroso, cobrou firmeza das autoridades para punir crimes ambientais. 

“O próprio presidente me telefonou preocupado com a circunstância de impunidade em relação a essas queimadas dolosas. De modo que daqui faço já um apelo ao poder judiciário, aos juízes brasileiros que tratem esse crime com a seriedade que merece ser tratado”, diz Barroso. 

Ministro Luis Roberto Barroso cobrou firmeza das autoridades para punir crimes ambientais — Foto: Reprodução/TV Globo

Ministro Luis Roberto Barroso cobrou firmeza das autoridades para punir crimes ambientais — Foto: Reprodução/TV Globo 

No domingo (15), o ministro do STF Flavio Dino, que vem cobrando a ação do governo, mandou desbloquear recursos que tinham sido afetados pelos cortes do orçamento. Também determinou que a Polícia Federal use recursos de um fundo operacional nas investigações sobre os incêndios.