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Irã e Estados Unidos retomam diálogo nuclear neste sábado em meio a clima de tensão

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EUA e Irã se reúnem neste sábado (12) em Omã para discutir acordo nuclear em meio a tensões

Representantes dos governos do Irã e dos Estados Unidos se encontrarão neste sábado (12), em Omã, para retomar as negociações sobre o programa nuclear iraniano. A reunião ocorre em meio ao aumento das tensões entre os dois países, marcadas por ameaças e trocas de acusações públicas.

O principal objetivo dos EUA é convencer o Irã a limitar ou interromper seu programa nuclear. Um acordo firmado em 2015 chegou a estabelecer essas diretrizes, mas foi abandonado três anos depois, quando o então presidente Donald Trump retirou os EUA do tratado e restabeleceu sanções econômicas como parte de uma política de “pressão máxima”.

Washington teme que Teerã esteja perto de desenvolver uma arma nuclear — uma preocupação compartilhada pela ONU. O Irã, no entanto, insiste que seu programa tem fins exclusivamente pacíficos. Em tom de alerta, Trump tem declarado que não descarta o uso da força caso as negociações falhem. O Irã, por sua vez, prometeu responder a qualquer ataque e indicou que poderá reconsiderar sua política nuclear caso seja alvo de agressões.

O encontro será mediado por Badr al Busaidi, ministro das Relações Exteriores de Omã. A delegação americana será liderada por Steve Witkoff, enviado dos EUA ao Oriente Médio, enquanto Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, representará o país persa.

Na véspera da reunião, autoridades iranianas afirmaram estar comprometidas com uma solução diplomática “justa e realista”. Já Trump declarou que os EUA não permitirão que o Irã obtenha uma arma nuclear, mas disse desejar que o país “tenha um futuro próspero e pacífico, desde que sem armamento atômico”.

Em meio ao impasse, Trump afirmou que Israel lideraria uma eventual ofensiva militar contra o Irã caso o diálogo fracasse. O governo iraniano reagiu, alertando que poderá expulsar inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se as ameaças continuarem. O Departamento de Estado americano considerou a medida “uma escalada perigosa”.