Quase um ano após o início da guerra, 57% dos entrevistados dizem que a decisão de lançar a ofensiva foi incorreta, enquanto 39% seguem apoiando o grupo terrorista. Em junho, o apoio era de 57%.
Terroristas do Hamas em ataque a Israel, em 7 de outubro — Foto: Divulgação/Consulado de Israel em SP
A maioria dos moradores de Gaza acredita que a decisão do Hamas de lançar o ataque de 7 de outubro contra Israel foi incorreta, de acordo com uma pesquisa do Centro Palestino de Políticas e Pesquisas (PSR) publicada nesta terça-feira (17).
Segundo o levantamento, feito no início de setembro, 57% das pessoas entrevistadas na Faixa de Gaza não apoiam a ofensiva do grupo terrorista, enquanto 39%seguem acreditando que ela foi correta.
Os números apontam uma grande queda no apoio ao Hamas entre os palestinos. A pesquisa anterior do PSR , realizada em junho, mostrou que 57% dos entrevistados em Gaza consideravam a decisão correta.
Na Cisjordânia também houve queda no número de apoiadores, mas 64% dos entrevistados ainda acha que a decisão foi correta.
A PSR diz que entrevistou 1.200 pessoas pessoalmente, 790 delas na Cisjordânia e 410 em Gaza, com uma margem de erro de 3,5%.
O apoio ao dia 7 de outubro não significa necessariamente apoio ao Hamas ou aos assassinatos ou violência contra civis, afirma a PSR:
“Quase 90% do público acredita que os homens do Hamas não cometeram as atrocidades retratadas nos vídeos gravados naquele dia”.
Guerra em Gaza
Palestinos caminham por escombros em Khan Younis, no sul de Gaza, após bombardeio israelense, em março deste ano — Foto: AFP
Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas pelo menos uma vez, e alguns tiveram que fugir até 10 vezes desde que a guerra começou após o Hamas, que controla Gaza, atacar Israel, matando 1,2 mil e levando cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
Depois, os ataques israelenses em Gaza mataram mais de 40,9 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Os dois lados em conflito se culpam mutuamente por até agora falharem em alcançar um cessar-fogo, que também resultaria na libertação de reféns.