Ataques aéreos israelenses deixaram pelo menos 12 mortos no território palestino nesta segunda-feira (4), segundo autoridades ligadas ao Hamas.
Por g1
Pessoas trabalham para recuperar os corpos de palestinos no local dos ataques israelenses às casas, em meio ao conflito Israel-Hamas, em Beit Lahiya — Foto: REUTERS/Stringer
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que as forças israelenses estão bombardeando o último hospital que estava parcialmente operacional no norte do território, nesta segunda-feira (4).
O diretor do hospital Kamal Adwan, Hosam Abu Safieh, declarou em um comunicado que a situação é “catastrófica” e que o Exército de Israel não entrou em contato com o estabelecimento “antes de atacá-lo diretamente”.
“Neste momento, as forças de ocupação continuam bombardeando e destruindo violentamente o hospital Kamal Adwan. Há vários membros da nossa equipe que foram feridos e não podemos abandonar o hospital”, afirma o médico, acrescentando que não entende “o propósito desse bombardeio que tem como alvo o hospital”.
O Ministério da Saúde palestino disse que funcionários e pacientes ficaram feridos:
“A equipe médica não pode se mover entre os departamentos do hospital e não pode resgatar seus colegas feridos. Parece que uma decisão foi tomada para executar toda a equipe que se recusou a evacuar o hospital”.
O Exército israelense não negou o ataque e afirmou que está “verificando” os relatos.
Também na cidade de Beit Lahiya, onde fica o hospital, nesta segunda, sete pessoas foram mortas em um ataque a duas casas, afirmam médicos à agência de notícias Reuters.
Um homem palestino sentado sobre os escombros de uma casa destruída em ofensiva militar israelense em Khan Younis — Foto: REUTERS/Mohammed Salem
Em outras áreas da Faixa de Gaza, mais cinco mortes foram registradas e vários teriam sido feridos em ataques.
O porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Basal, disse, nesta segunda, que 1.300 pessoas já morreram em Gaza desde o começo da operação militar israelense e que o norte do território sofre “um grave bloqueio de medicamentos, água e alimentos”.
“As equipes médicas, as equipes de defesa civil e os hospitais da região norte estão fora de serviço pelo 13º dia consecutivo”, disse em um comunicado.