O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que as Forças de Defesa de Israel realizem uma “operação intensa” na Cisjordânia. A decisão foi tomada poucas horas após a explosão de ônibus nos arredores de Tel Aviv nesta quinta-feira (20).
De acordo com o gabinete de Netanyahu, a operação terá como foco centros de “terror” no território palestino. Em comunicado oficial, o governo informou que os militares atuarão em regiões da Judeia e Samaria.
Além disso, o primeiro-ministro determinou que a Polícia de Israel e a ISA (agência de inteligência) intensifiquem ações preventivas para evitar novos ataques em cidades israelenses.
A imprensa local relatou que os ônibus explodiram simultaneamente e que, até o momento, não há registro de feridos. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até a publicação desta reportagem. A polícia israelense considera as explosões um possível atentado terrorista, e quatro detonadores foram encontrados nos veículos. Equipes especializadas seguem investigando a presença de outros artefatos explosivos.
Desde o ataque do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na guerra em Gaza, Israel tem realizado operações militares frequentes contra supostos militantes palestinos na Cisjordânia ocupada. Como parte dessa repressão, impôs severas restrições à entrada de palestinos no território.
Mesmo após o cessar-fogo com o Hamas em Gaza, em 19 de janeiro, Israel continua conduzindo uma ofensiva militar na Cisjordânia. Campos de refugiados no norte da região, como os de Tulkarem e Jenin, têm sido alvo de ataques recentes, forçando milhares de palestinos a deixarem suas casas.
