A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quarta-feira (11), uma resolução simbólica que exige um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza. A medida, apoiada por ampla maioria com 158 votos favoráveis, nove contrários e 13 abstenções, foi rejeitada por Israel e pelos Estados Unidos. O texto também solicita a “liberação imediata e incondicional de todos os reféns”, uma proposta semelhante à que foi vetada pelos EUA no Conselho de Segurança no final de novembro.
Durante a madrugada e a manhã do mesmo dia, ataques israelenses em Gaza resultaram na morte de 33 pessoas, incluindo crianças, segundo a Associated Press (AP). Um dos bombardeios destruiu uma residência que servia de abrigo para deslocados. Apesar dos apelos internacionais, Washington argumenta que qualquer cessar-fogo deve estar condicionado à libertação de todos os reféns, para garantir que o Hamas tenha incentivo para agir.
O embaixador adjunto dos EUA na ONU, Robert Wood, reiterou a posição do país, classificando o projeto como “vergonhoso e errado”. Por sua vez, o embaixador de Israel, Danny Danon, criticou duramente a resolução, afirmando que ela representa “complicidade” e não compaixão.
A resolução também exige acesso imediato à ajuda humanitária para Gaza, onde milhões de civis enfrentam uma crise humanitária agravada por mais de um ano de guerra. Representantes de diversos países se manifestaram em apoio aos palestinos antes da votação, com declarações que destacaram a destruição de Gaza e criticaram a falta de ação da comunidade internacional.
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em território israelense, que deixou 1.208 mortos, incluindo civis e reféns. Desde então, as operações de represália de Israel causaram a morte de pelo menos 44.786 pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU.