Aqui está uma reescrita do texto sem plágio:
A Alemanha concluiu neste domingo (23) a votação para eleger um novo governo. De acordo com pesquisas de boca de urna, o partido conservador União Democrática Cristã (CDU) saiu vitorioso, enquanto a sigla de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo lugar, registrando o maior crescimento nesta eleição.
Se os números forem confirmados, a extrema-direita atingirá um recorde histórico de votos desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A projeção dos resultados segue a tendência apontada pelas pesquisas eleitorais realizadas anteriormente:
• Friedrich Merz, líder da CDU e principal opositor do atual governo, obteve 28,5% dos votos.
• O AfD conquistou 20,7%, conforme já indicado pelas previsões.
• O Partido Social-Democrata (SPD), que governa sob liderança de Olaf Scholz, ficou em terceiro lugar, com 16,5%.
• Os verdes garantiram 11,7% dos votos, mantendo-se na quarta posição.
• A aliança de partidos de esquerda ficou com 8,7%, ocupando o quinto lugar.
A participação eleitoral atingiu 83%, um percentual elevado para os padrões alemães. Aproximadamente 61 milhões de cidadãos estavam aptos a votar, sendo o voto facultativo no país.
Formação do governo
Caso o resultado seja confirmado, Friedrich Merz não assumirá automaticamente o cargo de chefe de governo. No sistema parlamentarista alemão, o partido vencedor precisa garantir apoio suficiente no Parlamento para formar um governo. Como a CDU não obteve a maioria absoluta, será necessário costurar alianças com outras legendas. Esse processo pode se estender por meses e, caso não haja acordo, novas eleições podem ser convocadas.
Merz já declarou que não pretende formar coalizão com o AfD, embora algumas de suas declarações durante a campanha tenham levantado dúvidas sobre uma possível reaproximação, especialmente no que diz respeito à política migratória. Em discurso após a divulgação das pesquisas de boca de urna, ele ressaltou a importância de formar um governo rapidamente e afirmou que “a Alemanha está de volta ao centro das decisões europeias”.
Por sua vez, Olaf Scholz reconheceu a derrota do SPD e comentou o resultado após o encerramento da votação. A contagem dos votos deve ser concluída até o final da noite no horário local.
O colapso do governo anterior
As eleições deste domingo foram convocadas de maneira antecipada após a crise que levou à dissolução do governo anterior. O chanceler Olaf Scholz, que estava no poder desde 2021, liderava uma coalizão composta por social-democratas, verdes e liberais. No entanto, em novembro, a demissão do ministro das Finanças — representante da ala liberal — gerou um efeito dominó, culminando na saída de todos os ministros desse grupo e deixando o governo sem maioria no Parlamento.
Diante dessa situação, Scholz foi submetido a uma moção de censura, sendo derrotado. Como resultado, o presidente da Alemanha convocou novas eleições, um evento raro na história política do país. Esta foi apenas a quarta vez em 75 anos que uma eleição foi antecipada.
A crise ocorre em um momento delicado, com tensões geopolíticas intensificadas pela guerra na Ucrânia e desafios internos na União Europeia. A instabilidade política na Alemanha reflete uma tendência já observada em outros países do bloco, como a França.
O funcionamento das eleições na Alemanha
O sistema eleitoral alemão combina votos individuais e partidários. Os eleitores escolhem tanto um candidato quanto um partido, e a quantidade de cadeiras que uma legenda ocupa no Parlamento depende do total de votos recebidos.
O avanço da extrema-direita, representada pelo AfD, torna mais desafiadora a formação de uma coalizão governamental. Até o momento, os principais partidos têm rejeitado alianças com a sigla, que está sob investigação por extremismo e é acusada de abrigar movimentos neonazistas.
Além disso, o resultado desta eleição pode ter impacto nas políticas da União Europeia e nas relações internacionais, especialmente diante das recentes declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas e apoio à Ucrânia.
