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Projeto de educação ambiental monitora colmeias no Piauí e orienta a preservar abelhas nativas; saiba como

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O Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (Geaspi), da Universidade Federal do Piauí, realiza, desde 2015, um levantamento de ninhos de abelhas nativas no estado. O intuito é preservar os animais. Quer saber mais sobre a importância das abelhas para a saúde e sobrevivência da natureza?

g1 conversou com a coordenadora do projeto, professora Juliana do Nascimento Bendini, que há 23 anos realiza pesquisas no setor de apicultura.

O levantamento de ninhos é feito em Picos. Segundo Juliana, o grupo também estimula a recuperação de áreas desmatadas da caatinga, bioma brasileiro, através da distribuição de mudas aos apicultores do estado. Além disso, monitora a saúde das abelhas utilizadas nas apicultura, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi).

Outros campus da universidade, Teresina, Floriano e Bom Jesus, também realizam pesquisas sobre apicultura.

“Temos ações voltadas para o recaatingamento, estratégias para a conservação das abelhas, suas preferências alimentares e manutenção dos enxames durante o período seco, nosso grande gargalo no semiárido”, informou a professora.

Em Picos, o Geaspi cultiva um meliponário didático, espaço onde são criadas abelhas sem ferrão nativas. Cerca de 600 crianças já visitaram o local, para conhecer e aprender sobre os animais.

Ainda no Sul do estado, o grupo firmou parcerias com as Prefeituras Municipais de Itainópolis e Patos do Piauí, e promove oficinas sobre sustentabilidade para jovens.

De acordo com a pesquisadora Juliana Bendini, a importância das abelhas para ecossistemas é imensurável, pois cerca de 87% das plantas com flores dependem dos animais para produzir frutos e sementes.

Ao longo dos anos, as abelhas se adaptaram e passaram por modificações no corpo, adquirindo pelos, uma língua adaptada para sugar o néctar (glossa) e uma estrutura para carregar o pólen (corbículas). Atualmente, estão entre os maiores polinizadores do planeta.

“Descendentes das vespas, as abelhas desenvolveram-se para melhor aproveitar os recursos florais. A polinização é responsável pela manutenção das florestas e de toda a vida que existe, já que as plantas fornecem abrigo e alimento aos animais. Infelizmente os apicultores brasileiros, especialmente aqui no Piauí, estão alheios aos acontecimentos relacionados ao desaparecimento das abelhas”, contou Juliana.

Fonte: G1 Piaui