
A Ucrânia sofreu, na noite deste sábado (22), o maior ataque com drones já realizado pela Rússia, de acordo com autoridades ucranianas.
Yuriy Ignat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, informou neste domingo (23) que a Rússia lançou um número recorde de 267 drones em um ataque coordenado. Desses, 138 foram interceptados pelas defesas aéreas, enquanto outros 119 foram neutralizados antes de causar danos.
O número exato de vítimas ainda não foi confirmado, mas os serviços de emergência reportam pelo menos três mortos – dois em Kherson e um em Kryvyi Rih. Os drones atingiram cinco regiões do país: Dnipro, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia.
Conflito e tensão internacional
O ataque ocorre às vésperas do terceiro aniversário da invasão russa, que será marcado nesta segunda-feira (24). No mesmo fim de semana, o Ministério da Defesa da Rússia declarou ter destruído 20 drones ucranianos lançados contra seu território no sábado.
Na sexta-feira (21), bombardeios russos mataram 12 civis na Ucrânia, destruindo residências e infraestruturas críticas. Em resposta ao recente ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou o apelo por apoio internacional.
“Precisamos da força de toda a Europa, dos Estados Unidos e de todos que desejam uma paz duradoura”, declarou Zelensky neste domingo. Ele destacou que, nos últimos dias, a Rússia intensificou seus ataques, lançando 1.150 drones, 1.400 bombas aéreas guiadas e 35 mísseis contra o território ucraniano.

Impacto político
Os bombardeios ocorrem em meio a um momento de tensão diplomática, após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a intenção de negociar a paz com a Rússia sem envolver a Europa ou a própria Ucrânia. A decisão gerou atritos com líderes europeus e descontentamento de Zelensky, que foi alvo de críticas de Trump, chegando a ser chamado de “ditador” pelo republicano no início da semana.