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sábado, julho 12, 2025
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Variante ômicron não deve levar o Brasil de volta ao “pesadelo” pandêmico

À medida que se tornam públicos os resultados dos primeiros estudos sobre a variante ômicron do coronavírus, o medo do pior vai passando. As notícias sobre a eficiência dos imunizantes disponíveis contra a nova ameaça elevam o otimismo, especialmente no Brasil, onde 80% da população adulta está vacinada com duas doses contra a covid-19. Primeiramente identificada na África do Sul, onde menos de 40% dos adultos foram vacinados contra a doença, a ômicron fez os casos de infecção saltarem de 1% para 16% em novembro, mas os cientistas locais relataram casos leves, com poucos sintomas e de curta duração. “É improvável que o pesadelo que vivemos no início de 2021 se repita. Tudo indica que a ômicron causa menos casos graves do que a delta”, afirma Fabio Leal, infectologista e pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA), referindo-se à variante que é predominante no Brasil.

Três estudos realizados com imunizantes da Pfizer e sua parceira BioNTech e da Moderna observaram um declínio de 41 vezes nos níveis de anticorpos neutralizantes contra a ômicron, o que quer dizer que a variante “escapa um pouco” da proteção vacinal, mas os imunizantes continuam eficazes para proteger contra casos graves da covid-19 e hospitalizações. “Os anticorpos são um bom indicativo, mas não são o único”, explica a bióloga e divulgadora científica Natalia Pasternak, referindo-se a células como a B e a T, que também são estimulados pelas vacinas e ajudam a proteger contra os efeitos do coronavírus. “Essa perda do poder de neutralização do vírus era algo absolutamente esperado, porque já vimos acontecer com outras variantes. Estamos vendo apenas um recorte, e um recorte preliminar da situação, mas não significa que vamos voltar à estaca zero”, continua a especialista.

Fabio Leal lembra que os dados epidemiológicos atuais no Brasil são “bastante favoráveis, com os melhores parâmetros desde o início da pandemia”: de acordo com os dados do Ministério da Saúde, a média nacional de casos diários está abaixo dos 10.000 e o número de óbitos, abaixo de 200 a cada 24 horas. Na cidade do Rio de Janeiro, a ocupação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por pacientes com covid-19 está abaixo de 1%, e o Estado de São Paulo tem menos de 1.000 pacientes internados em UTI (unidade de terapia intensiva) —trata-se da primeira vez que isso ocorre desde abril de 2020, início da pandemia no país. “Hoje temos vacinas, dificilmente vamos voltar à situação de milhares de óbitos por dia”, concorda Pasternak.

Os estudos preliminares da Pfizer, divulgados nesta quarta-feira, também demonstram que três doses de sua vacina neutralizam a variante ômicron. A imunização obtida um mês após a terceira dose é comparável àquela observada após duas doses contra a cepa original, diz a empresa fabricante da segunda vacina mais usada contra a covid-19 no país (com 33,5% das doses administradas, segundo dados do Ministério da Saúde, logo trás da Oxford/AstraZeneca, com 37,5% das doses).

Com base nesses resultados, o epidemiologista Karl Lauterbach, futuro ministro da Saúde da Alemanha, declarou ao jornal Evening Standard que a variante ômicron pode ser um “presente de Natal” e fazer com que a pandemia termine mais cedo. Segundo ele, a quantidade de mutações vistas na variante — 32 apenas na proteína Spike —, pode otimizar o vírus e tornar as infecções menos graves, podendo “imunizar” a população sem causar os efeitos devastadores da variante delta, por exemplo. Quem também reagiu com otimismo aos dados preliminares foi o epidemiologista Anthony Fauci, principal conselheiro da Casa Branca em Saúde: “Embora seja muito cedo para fazer afirmações definitivas, até agora não parece que haja um grande grau de gravidade. Até agora, os sinais são um tanto animadores”, disse ele à CNN.

microbiologista e divulgador científico Átila Iamarino ressalta que a “ômicron teve a maior queda de proteção de anticorpos por vacinas já registrada até agora em qualquer variante”, mas que essa queda “não é tão preocupante” se considerarmos a proteção de uma dose de reforço. “Os resultados apontam que quem já tomou três doses está tão protegido quanto quem tomou duas doses frente à variante delta, por exemplo. O que temos visto na população jovem da África do Sul é uma hospitalização menor do que o número de casos. Então, pode ser que pela imunidade acumulada das pessoas, apesar de a ômicron conseguir fugir dos anticorpos, ela talvez não esteja causando uma infecção tão grave quanto causaria em quem não foi vacinado”, explica.

Os especialistas ouvidos pelo EL PAÍS concordam que a situação no Brasil pode, sim, se agravar nos Estados ou regiões com pouca cobertura vacinal. A prioridade, então, segundo eles, é eliminar as discrepâncias nacionais que fazem com que São Paulo tenha 95% de sua população adulta completamente imunizada contra a covid-19, enquanto Roraima tem apenas 45% dessa população vacinada. “Na região Norte, a variante delta já tem provocado um aumento de hospitalizações, e, onde a delta causar estrago, a ômicron pode causar ainda mais, pois é mais transmissível. Mesmo que a nova variante leve menos pessoas para o hospital, ela vai levar os pacientes de uma só vez, muito mais rápido”, ressalta Iamarino. Para evitar esse cenário, a solução, de acordo com os epidemiologistas e demais cientistas, é “correr com a terceira dose”, a dose de reforço.

“Não é motivo para pânico ou desespero, mas sim para responsabilidade. Temos condição de dar a terceira dose da vacina, quando muitos países não deram sequer a primeira. Então vamos fazer isso, usar máscara, não abrir mão da PFF2 e não aglomerar”, recomenda Natalia Pasternak. Iamarino acredita que também é importante começar a vacinar crianças com doses da Pfizer ou da Coronavac, que já são usadas para esse público em países como Chile e Colômbia. “Na África do Sul, as crianças estão sendo contaminadas com a ômicron e estão sendo hospitalizadas. Pelo menos 10% dos casos no país estão entre menores de dois anos”, diz ele.

Quanto às festas de fim de ano, um possível Carnaval e outros sonhos do verão de 2022, os especialistas recomendam cautela. “Ainda não é hora de aglomerar em festa ou barzinho para não arriscar o que já alcançamos até aqui”, opina Pasternak. Para Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a suspensão dos eventos de fim de ano independe da chegada da nova variante ao Brasil. “É mais uma questão de decisão política”, diz. “As vacinas continuam sendo capazes de proteger contra essa variante, mesmo que seja um pouco menos. O que os estudos indicam, na verdade, é que uma terceira dose aumenta a proteção contra as variantes do Sars-Cov-2, tornando-o cada vez mais um vírus que tende a ser como o da gripe, contra o qual a população se vacinará com certa periodicidade, mas sem caráter pandêmico”, conclui.

Fonte: El País

Ômicron suspende réveillon do Rio e ameaça realização do carnaval no Brasil

Os brasileiros, sempre de olho em sua aparência, estão mergulhados há semanas na operação Réveillon/Carnaval. Mais exercícios do que de costume, tratamentos e retoques estéticos e reservas feitas, porque as melhores festas e praias lotam logo. Depois de um ano de abstinência por culpa da pandemia de coronavírus, o primeiro em mais de um século sem desfile no Sambódromo nem blocos com multidões nas ruas, a ansiedade é infinita. Porque para muitos brasileiros a vida é uma contagem regressiva até o próximo Carnaval. A volta do evento mais esperado do ano foi um dos estímulos para as pessoas se imunizarem e fazerem ouvidos moucos ao discurso antivacinas do presidente Jair Bolsonaro.

São os dias em que no Brasil a regra é esquecer as misérias cotidianas, acentuadas pelo maldito coronavírus, e se entregar ao prazer, ao desenfreio em todos os sentidos. É também um negócio fenomenal, fonte de centenas de milhares de empregos. As expectativas individuais e coletivas estavam nas alturas quando, de repente, apareceu a variante ômicron e arruinou os planos mais iminentes. Diante dos confinamentos na Europa e dos alertas da Organização Mundial da Saúde, as prefeituras brasileiras estão cancelando em cadeia os eventos de massa para receber 2022.

E o Carnaval corre sério perigo. Aí a coisa muda de figura, pela dinheirama que a festa movimenta e porque o culto ao rei Momo e ao samba irmana brasileiros pobres e ricos, da capital ou do interior. Só os mais radicais entre os evangélicos dão as costas à festa mais brasileira de todas, seja para se divertir ou para trabalhar.

Em São Paulo, Salvador, Recife… o Réveillon será em petit comité. Neste sábado, o Rio de Janeiro se tornou a mais recente das grandes capitais a se unir a essas cidades. Também cancelou a festa de fim de ano. “Respeitamos a ciência”, declarou o prefeito Eduardo Paes, após explicar que o comitê científico estadual aprovava o evento, mas o estadual, não. “Então, não pode. Vamos cancelar a celebração oficial do Réveillon do Rio.” Paes é um político daqueles que vivem o Carnaval, um fã do samba, eleito há um ano em substituição a um evangélico.

Pelo segundo ano consecutivo, no dia 31 não haverá centenas de milhares de pessoas em Copacabana e praias vizinhas vestidas de branco. A tradição também manda pular sete ondas para garantir amor, prosperidade e um bom ano. Entretanto, os ensaios e demais preparativos para o Carnaval mantêm o ritmo. Além de estar no DNA carioca, a festa e os milhares de visitantes que ela atrai são uma fonte crucial de receita para os cofres públicos e os bolsos privados.

Mas o prefeito do Rio não descarta a possibilidade de suspender também a outra grande festa da cidade, ouvindo as recomendações dos especialistas, como disse na terça-feira em um ato público. “Não vou sair criando pânico na população. Se tiver de adotar restrições, não será só no Carnaval. Se tiver de cancelar, vamos cancelar. Vamos planejar até o último momento. Para o Carnaval, ainda tem muito tempo.”

Enquanto ele decide, as mil atividades vinculadas ao Carnaval (estilistas, sapateiros, compositores, coreógrafos, instrumentistas…) continuam em andamento, dando trabalho a milhares de pessoas. É um alívio diante do aumento da pobreza que acompanha a pandemia. O que o prefeito já fez foi reforçar a exigência de vacina para entrar em bares, restaurantes e salões de beleza. Ela já era exigida em academias e estádios.

O Rio também confia na volta dos turistas estrangeiros. E nenhuma atração melhor que a cantora carioca Anitta, uma espécie de garota de Ipanema 2.0. Alguém pagou nesta semana 110.000 dólares (620.000 reais) em um leilão beneficente feito em Miami para passar o Carnaval com a cantora de Girl in Rio. A mesma que, às vésperas da detecção do primeiro caso de covid-19 no Brasil, na quarta-feira de cinzas de 2020, reuniu centenas de milhares de pessoas no centro da cidade.

São Paulo estava a poucos dias de suspender a exigência de máscara em lugares públicos por conta das altas taxas de vacinação e da queda nas internações, mas voltou atrás devido à ômicron. A cidade mais populosa e rica da América não celebrará o Réveillon na avenida Paulista, embora tenha sediado há apenas duas semanas o GP de Fórmula 1.

Bibiana Gobo Silva, de 40 anos, vê com bons olhos a cautela das autoridades paulistas. “Embora tivéssemos, até alguns dias atrás, a expectativa de celebrar o Réveillon e o Carnaval com amigos em grandes multidões, agora tenho bastante receio porque não tenho certeza de que, com a covid-19, seja seguro”, diz essa fisioterapeuta que está completamente imunizada, como 63% dos brasileiros. “É uma decepção, sim, mas prefiro me cuidar”, acrescenta. Ela tem notado que seus pacientes vêm aumentando e que chegam com mais dores devido ao estresse. Vê-se que estão forçando o corpo para conseguir alcançar as metas que impuseram a si mesmos no início de 2021.

Fonte: El País

Primeira imagem da variante ômicron revela mais que o dobro de mutações que a delta

A primeira imagem da variante ômicron do coronavírus revelou mais que o dobro de mutações que a da variante delta. Veja no VÍDEO acima.

A representação computadorizada desta nova cepa foi feita por pesquisadores do hospital Bambino Gesù de Roma, na Itália, que disseram ainda ser cedo para tirar conclusões (leia mais adiante).

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi identificada pela primeira vez na África do Sul, pelo sistema de vigilância das autoridades sanitárias do país.

No modelo divulgado pelo hospital italiano – que destaca a proteína S (spike) – é possível notar uma maior concentração de mutações (os pontos vermelhos, com maior variabilidade, e a área cinza onde não há variação).

A proteína S é a que forma a “coroa” do vírus, e funciona como “chave” na hora de se acoplar às células humanas para sua replicação e infecção – é nela que muitas vacinas agem.

Ainda é cedo para conclusões

Os pesquisadores do hospital Bambino Gesù disseram, em um comunicado, que o modelo tridimensional revela “muito mais mutações” na ômicron, mas que ainda é cedo para tirar conclusões.

“[Ter mais mutações] não quer dizer automaticamente que são mais perigosas, diz simplesmente que o vírus se adaptou mais uma vez à espécie humana gerando outra variante”, disseram em nota.

“Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos ou mais perigosa”, afirmaram os pesquisadores.

A imagem foi feita a partir do sequenciamento da nova variante que foi compartilhado com a comunidade científica.

Os dados que serviram de base para a modelagem foram majoritariamente produzidos por pesquisadores de Botsuana, África do Sul e Hong Kong.

Origem da variante

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.

O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes.

“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus”, disse a agência de Saúde das Nações Unidas em um comunicado.

Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus vinham aumentado abruptamente no país, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529.

A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.

Fonte: G1

OMS declara a B.1.1.529 como ‘variante de preocupação’ e dá o nome de ‘ômicron’

Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a B.1.1.529 como uma “variante de preocupação” e escolheu como nome “ômicron“. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta (leia mais abaixo sobre as classificações das variantes).

A omicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal: a própria OMS diz que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.

Ao menos 10 países e/ou territórios já anunciaram restrições a voos de nações africanas devido à B.1.1.529 até o momento. O Brasil, inclusive, anunciou que fechará fronteiras aéreas para seis países da África a partir de segunda-feira (29).

Origem da variante

A variante B.1.1529 foi reportada à OMS pela primeira vez em 24 de novembro de 2021, pela África do Sul. A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.

Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus têm aumentado abruptamente, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529. O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021.

De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, sendo que algumas delas trazem preocupação.

“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com esta variante, em comparação com as outras versões do coronavírus. O número de casos da B.1.1.529 aparenta estar crescendo na maioria das províncias da África do Sul”, afirma a OMS.

Classificação das variantes

A OMS classifica as variantes do novo coronavírus em 3 categorias: VOC (variante de preocupação), VOI (variante de interesse) e VUM (variante sob monitoramento). São elas:

  • VOC (variantes de preocupação): alfa (detectada pela primeira vez no Reino Unido), beta (detectada na África do Sul), gama (no Brasil, também conhecida como P.1), delta (na Índia) e ômicron (também detectada na África do Sul);

São consideradas VOC as que demonstram estar associadas a uma ou mais das seguintes alterações em um grau de significância para a saúde pública global:

  1. Aumento da transmissibilidade ou alteração prejudicial na epidemiologia da COVID-19; ou
  2. Aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; ou
  3. Diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública ou diagnósticos, vacinas e terapias disponíveis.
  • VOI (variantes de interesse): lambda (detectada pela primeira vez no Peru) e mu (na Colômbia);

É considerada VOI aquela variante que foi identificada como causadora de transmissão comunitária, de múltiplos casos ou de clusters (agrupamentos de casos) de COVID-19 ou foi detectada em vários países.

  • VUM (variantes sob monitoramento): 7 cepas que não recebem nome de letras do alfabeto grego

Constelação de mutações

O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da nova variante na quinta-feira (25), afirma que a B.1.1.529 carrega uma “constelação incomum de mutações” e é “muito diferente” de outros tipos que já circularam.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, afirma Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas.

O instituto de pesquisa de Túlio de Oliveira é vinculado à Universidade de Kwazulu-Natal e foi responsável pelo descobrimento da variante beta, uma das quatro VOCs.

Fonte: G1

Com pandemia, número de mortes no Brasil tem salto de quase 15% em 2020, aponta IBGE

Nunca morreu tanta gente no Brasil como em 2020, ano marcado na história mundial pela pandemia da Covid-19. Estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que passou de 1,5 milhão o número de registros de óbitos feitos no país ao longo do ano – maior contingente de mortes da história recente do país.

Ao todo, foram registradas 195.965 mortes a mais no país na comparação com 2019, o que corresponde a um aumento de 14,9% dos registros de óbitos – maior aumento, tanto em número absoluto quanto em percentuais, desde 1984, quando teve início a série histórica das Estatísticas do Registro Civil feita pelo IBGE.

O número de mortes a mais que o registrado em 2019 coincide com total de mortos em decorrência da Covid-19 contabilizado pelo Consórcio de Veículos de imprensa – foram 195.441, conforme balanço divulgado no dia 1º de janeiro de 2021. Como são levantamentos com fontes e metodologias diferentes, porém, não é possível estabelecer uma relação direta entre os números.

Até esta quarta-feira (17), o Brasil registrava 611.898 mortes desde o início da pandemia, sendo que a grande maioria desse total de óbitos (68%) ocorreu em 2021.

Antes, o maior aumento no número de mortes no Brasil havia sido registrado entre 1992 e 1993 – foram 56,4 mil registros a mais de um ano para o outro, o que corresponde a uma alta de 6,7%.

“Nessa época, o sub-registro era muito alto, o que pode interferir nessa variação. Então, fizemos essa análise considerando os últimos dez anos. Nesse intervalo, o maior aumento foi registrado na passagem de 2015 para 2016, cerca de 43,2 mil mortes a mais, ou uma alta de 3,5%”, apontou a gerente das Estatísticas do Registro Civil, Klivia Brayner.

A pesquisa mostrou, também, que:

  • 91% do total de mortes ocorridas no país se deram em decorrência de causas naturais;
  • 73,5% dos óbitos registrados no país ao longo de 2020 ocorreram em hospitais;
  • o aumento substantivo foi concentrado entre pessoas acima de 60 anos de idade;
  • o número de mortes aumentou mais entre homens (16,7%) que entre mulheres (12,7%);
  • houve queda no número de mortes na faixa etária abaixo de 15 anos

O levantamento considerou o total de registros de óbitos feitos no país, que inclui mortes por causas naturais (classificação que inclui a Covid-19) e não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc), além daquelas de natureza desconhecida. A causa da morte em si não foi objeto do estudo. Todavia, segundo a coordenadora da pesquisa, alguns dados permitem apontar que o aumento de mortes está diretamente relacionado à pandemia.

“Houve um crescimento bastante relevante das mortes por causas naturais, o que é condizente com o cenário de uma epidemia”, apontou Klívia Brayner.

O IBGE destacou que, das 195.965 mortes a mais registradas em 2020 na comparação com o ano anterior, 190 mil se deram em decorrência de causas naturais, sendo que 148.561 foram de pessoas com mais de 60 anos, grupo com maior taxa de letalidade da Covid-19. Além disso, desse total, 73,5% dos óbitos ocorreram em ambiente hospitalar.

Para a epidemiologista Fátima Marinho, assessora sênior da Organização Não Governamental (ONG) Vital Strategies, “a grande maioria do excesso de mortes [em relação a 2019] foi por Covid-19”.

“Sabemos que aumentou um pouco o número de mortes por homicídio e que caiu um pouco o número de mortes por acidentes de transportes. Foram as mortes por causas naturais que aumentaram e o que chamamos de risco competitivo teve pouco impacto sobre esse aumento”, apontou.

Risco competitivo, explicou a pesquisadora, são doenças pré-existentes que aumentariam os riscos de morte por Covid-19. As principais, segundo ela, são doenças cardiovasculares e pneumonia, ambas com queda na comparação com 2019.

As mortes em decorrência de causas naturais representam 91% do total de óbitos registrados no país em 2020. Na comparação com o ano anterior, as mortes dessa natureza tiveram aumento de 16%, enquanto os óbitos por causas não naturais registraram uma alta de, apenas, 1,52%.

Fonte: G1

Covid-19: Intervalo da dose de reforço da vacina passa de 6 para 5 meses para todos os adultos

Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16) a redução do intervalo da dose de reforço da vacina contra Covid-19. O intervalo passou de seis para cinco meses após o esquema vacinal completo. Além disso, a partir de agora, a dose adicional está liberada para qualquer pessoa com mais de 18 anos.

“Graças às informações que temos dos estudos científicos, nós decidimos ampliar a dose de reforço para todos acima de 18 anos que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses”, disse Marcelo Queiroga.

Até então, a dose de reforço estava aprovada para os maiores de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.

Queiroga explicou que o ministério não divulgará um calendário por faixa etária para tomar a dose adicional.

“Acima de cinco meses da segunda dose, independentemente da idade, já se pode buscar a sala de imunização”, disse o ministro da Saúde.

Para a dose de reforço, o Ministério da Saúde orienta que a pessoa tome um imunizante diferente do usado no esquema vacinal. “É preferencial que a dose adicional seja com uma vacina diferente. No Brasil usamos a Pfizer, mas em um eventual desabastecimento pode ser usada outra plataforma”, explicou Queiroga.

Vacina da Janssen

Pessoas que tomaram a vacina da Janssen, de dose única, irão tomar a segunda dose do mesmo imunizante primeiro, explicou o ministro da Saúde.

“Hoje nós sabemos que é necessária uma proteção adicional dessa vacina. Como temos um quantitativo, não será um esforço muito grande. A sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço, preferencialmente com uma vacina diferente”, disse Queiroga.

O tempo de intervalo entre a primeira e segunda dose será de dois meses. “Quem tomou a Janssen completará o esquema vacinal. Embora seja de dose única, compete a nós [Ministério da Saúde] as definições. A pessoa tomará duas doses, em um intervalo de dois meses. A Janssen chegou em junho/julho, então estamos no tempo esperado”, explicou Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária do ministério.

A pasta vai começar a distribuir as doses da Janssen aos estados e municípios a partir da próxima sexta-feira (19).

Apesar da alteração no esquema vacinal do imunizante, a Anvisa esclareceu que apenas a Pfizer entrou com pedido de alteração na bula.

A empresa fabricante da Janssen ficou de enviar para a Anvisa os estudos sobre a eficácia e segurança da dose reforço da sua vacina na próxima semana.

Leia a nota da Anvisa abaixo:

A Anvisa vem discutindo com todas as empresas desenvolvedoras e instituições sobre as ações de monitoramento e sobre os estudos clínicos para a confirmar a eficácia e segurança da dose de reforço das vacinas aplicadas no Brasil.

Até o momento, apenas a Pfizer solicitou alteração do esquema vacinal previsto em bula para a vacina Comirnaty. O atual esquema aprovado em bula prevê duas doses da vacina. O pedido apresentado à Anvisa prevê a aplicação de uma terceira dose. Este pedido está em análise na Anvisa e pendente de complementação de dados pelo laboratório para que a análise tenha prosseguimento.

Quanto à vacina da Janssen, a decisão da autoridade reguladora americana (FDA/EUA) considerou a segunda dose como reforço, conforme se segue: “O uso de uma dose única de reforço da vacina Janssen (Johnson e Johnson) Covid-19 pode ser administrado pelo menos 2 meses após a conclusão do regime primário de dose única em indivíduos com 18 anos de idade ou mais.” (tradução livre).

Fonte: G1

Último paciente com Covid de hospital referência para doença no Rio recebe alta e deixa unidade

O último paciente internado com Covid no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio, recebeu alta média nesta segunda-feira (15). O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o secretário de Saúde, Daniel Soranz, acompanharam a liberação médica.

Adelino Gomes Silva Filho, de 70 anos, é morador da Ilha do Governador e tem 29 filhos. Ele estava internado desde o dia 20 de agosto.

“Quase cheguei morto, consegui sobreviver, e estou indo embora. Daqui a pouco eu estou em casa (…) Agora vou encontrar meus filhos e seguir meu caminho”, disse.

“Todos estiveram do meu lado, senão eu tinha morrido (…) O momento mais difícil foi o início. No início eu estava pirado. Os médicos tiveram muita paciência comigo. Agradeço de todo coração a eles, que dê tudo certo para eles. Eles foram muito legais comigo. Eu já era para ter partido para outro caminho, mas papai do céu não deixou, nem eles”, disse o paciente com uma lista dos profissionais de saúde que o atenderam.

Ele aproveitou para deixar um recado para a população: “Se vacina. Tem que se vacinar, porque se não tomar a dose tu vai partir pro outro lado, maluco”.

Hospital vai receber pacientes com sequelas

De acordo com o painel sobre Covid da Prefeitura do Rio, a cidade contava com 37 pessoas internadas por causa da doença no começo da tarde desta segunda (15).

No fim de setembro, o secretário Daniel Soranz afirmou que o Hospital Ronaldo Gazolla voltaria a receber pacientes com sequelas da Covid e vítimas de outras doenças.

“O hospital começa agora um novo ciclo, vai passar a atender pacientes com sequelas da covid. A rede de saúde tem 140 pacientes com sequelas da doença. O hospital vai abrir o ambulatório, começa a ofertar procedimentos eletivos para que a gente consiga normalizar o atendimento”, afirmou Soranz.

O Hospital Ronaldo Gazolla tem 4 mil funcionários e todos trabalharam no combate à Covid. A unidade tem 420 leitos, sendo 280 de UTI. Apenas em 2021, o hospital recebeu 9,5 mil pacientes com Covid.

Vacinação

Nesta segunda-feira, Feriado da Proclamação da República, não haverá vacinação contra a Covid-19 no Rio. Quem estava com a segunda dose agendada pôde se vacinar no sábado (13) e também pode se vacinar nesta terça-feira (16).

A vacinação retorna na terça-feira, quando, em primeira dose, serão vacinadas as pessoas com 12 anos ou mais, que ainda não tenham se vacinado. Isso vale até pelo menos o fim de novembro.

Fonte: G1

Pandemia encontrou Brasil despreparado e deve agravar desigualdade social, afirma ONU

Relatório inédito divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, embora a pandemia tenha atingido todos os países, as consequências devem ser piores para as nações com maior desigualdade social, como o Brasil.

O documento reconhece que o país acumula progressos nos índices de desenvolvimento humano, mas ressalva que a pandemia de Covid deve gerar retrocessos em conquistas sociais e econômicas históricas.

No estudo, pesquisadores selecionaram 94 indicadores com o objetivo de mostrar como estava o Brasil quando a pandemia chegou, no início de 2020. Os resultados apontam fragilidades estruturais e questões sensíveis para o enfrentamento da crise sanitária, econômica e social que atingiu o país nos meses seguintes.

O relatório foi elaborado por especialistas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com o documento, a pandemia desencadeia uma crise com impactos em todas as dimensões do desenvolvimento humano:

https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

No Brasil, diz o relatório, os grupos em situação de vulnerabilidade são os mais afetados, tornando ainda mais evidentes as diferenças de acesso à proteção social, educação, emprego, renda e moradia.

“Os países serão afetados, mas não da mesma forma; e, para o Brasil (seus 26 estados e o Distrito Federal), a desigualdade desempenha nesse contexto um papel importante”, diz o texto.

Para exemplificar como a pandemia afetou de forma desigual a população brasileira, o documento cita dados divulgados em fevereiro pelo Núcleo de Saúde Pública da UFRJ. De acordo com esse levantamento, a letalidade entre pacientes internados com casos confirmados de Covid foi de 56% entre brancos e de 79% entre não brancos.

Ao classificar os óbitos pelo nível de escolaridade das vítimas, os números mostraram:

  • 71% de óbitos entre os sem escolaridade;
  • 59% entre os que cursaram até o 5º ano (ensino fundamental 1);
  • 48% entre os que cursaram até o 9º ano (ensino fundamental 2);
  • 35% entre os que cursaram até o ensino médio;
  • 22% para os pacientes que tinham nível superior.

Segundo material divulgado pelo site das Nações Unidas, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, afirmou nesta terça-feira (28) que a crise relacionada à pandemia perpetuou desigualdades “verdadeiramente chocantes” e expôs grupos vulneráveis ao que ela classificou como um “choque médico, econômico e social”.

Preparo para enfrentar a pandemia

O relatório constata que, embora seja considerado um país de alto Índice de Desenvolvimento Humano (0,778), o Brasil ainda não conseguiu sanar necessidades básicas da população – o que resulta na existência simultânea de vários “Brasis”.

“Notadamente, apesar dos ganhos substanciais em saúde, educação e no padrão de vida da população registrados nas últimas décadas, ainda há um conjunto de necessidades básicas diferentemente atendidas no Brasil e nos seus estados; e, paralelamente, uma nova geração de desigualdades se abre, alargando a lacuna entre aqueles que têm e aqueles que não têm”.

Antes da pandemia, o Brasil já tinha 6,5% de sua população – ou seja, 13,5 milhões de brasileiros – vivendo abaixo da linha de extrema pobreza. Em alguns estados, como Alagoas e Maranhão, o percentual de brasileiros com renda mensal per capita inferior a R$ 145 (ou US$ 1,90 por dia, como adota o Banco Mundial), era superior a 15%.

Fonte: G1

Após contato com Queiroga em NY, Bolsonaro ficará por 5 dias em isolamento, anuncia Planalto

O secretário especial de Comunicação do Palácio do Planalto, André de Sousa Costa, informou nesta quarta-feira (22) que o presidente Jair Bolsonaro e integrantes da comitiva que tiveram contato com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, permanecerão em isolamento pelos próximos cinco dias e farão novos testes do tipo RT-PCR no próximo fim de semana para saber se contraíram Covid-19.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar que autoridades que tiveram contato com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga em Nova York se mantenham em isolamento por 14 dias.

Caso os resultados dos exames sejam negativos, Bolsonaro e membros da comitiva serão liberados do isolamento e acompanhados por médico até o 14º dia desde o último contato com Queiroga, cujo exame resultou positivo antes da viagem de retorno da delegação para o Brasil, após participação na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. O ministro permaneceu nos Estados Unidos, em isolamento por 14 dias em um hotel.

“No quinto dia após o último contato com a autoridade, serão submetidos a um novo teste de RT-PCR. Em sendo negativo esse teste, a pessoa encontra-se então liberdade do isolamento e será acompanhada por um médico, terá um acompanhamento até o 14º dia. Décimo quarto dia, permanecendo assintomática, está descartado o caso de Covid”, disse o secretário André Costa.

Os testes no presidente e na comitiva serão realizados entre sábado e domingo, já que o último contato com Queiroga foi na terça, informo o secretário.

Segundo Costa, Bolsonaro encontra-se no Palácio da Alvorada [residência oficial da Presidência], “assintomático, totalmente assintomático, e seguirá então essas orientações”.

Costa explicou que as medidas adotadas seguem o Guia de Vigilância Epidemiológica publicado pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o secretário, Bolsonaro e os integrantes da comitiva estão assintomáticos. A comitiva que permanecerá em isolamento tem “um pouco mais de 50 pessoas”, mas nem todas tiveram contato com Queiroga.

Fonte: g1

Ministro chama senadora de ‘descontrolada’, gera tumulto e se torna investigado pela CPI

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de “descontrolada” durante reunião da CPI da Covid nesta terça-feira (21). A fala de Rosário gerou tumulto entre os senadores, e o ministro deixou a sessão.

Logo depois, a pedido do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), converteu a condição do ministro de testemunha para a de investigado.

Wagner Rosário fez a declaração após Tebet ter criticado a atitude do ministro em relação ao presidente Jair Bolsonaro e ao processo de aquisição pelo governo federal da vacina Covaxin.

A senadora afirmou que a CGU “não foi criada para ser órgão de defesa de ninguém”, sugerindo que Rosário atua para atender aos interesses do presidente Jair Bolsonaro.

“Temos um controlador que passa pano, deixa as coisas acontecerem”, afirmou Simone Tebet.

Segundo a senadora, o ministro não pode se comportar como “advogado do governo”

Tebet disse ainda que foram usados documentos falsos no contrato para a aquisição da Covaxin, não detectados, segundo ela, pela CGU.

De acordo com a senadora, das três versões de “invoice” (nota fiscal de importação) que teriam sido elaboradas, somente a primeira era verdadeira – o documento cobrava um pagamento antecipado de US$ 45 milhões, o que não estava previsto em contrato, com benefício para uma empresa localizada em Singapura. A CPI apura se esse dinheiro seria desviado do contrato.

“Bem, senadora, com todo o respeito à senhora, eu recomendo que a senhora lesse tudo de novo porque a senhora falou uma série de inverdades aqui”, disse o ministro.

Tebet respondeu: “Não faça isso. O senhor pode dizer que eu falei inverdades, mas não me peça para fazer algo porque eu sou senadora da República”. Tebet disse ainda que Rosário estava “se comportando como um menino mimado.”

“A senhora me chamou de engavetador, me chamou do que quis”, retrucou o ministro. “Me chama de menino mimado, eu não lhe agredi. A senhora está totalmente descontrolada, me atacando”.

Tumulto

A frase gerou tumulto na comissão. Senadores foram em defesa de Tebet e chamaram Wagner Rosário de “machista”. A sessão acabou suspensa pelo presidente da CPI, Omar Aziz.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que o ministro quis “agredir” Simone Tebet (MDB-MS) e a instituição Senado Federal.

Na retomada da sessão, Aziz disse que o ministro veio com “quatro pedras”, peitando senadores e o grande final da participação de Rosário foi um ataque a uma senadora.

Após sugestão de Aziz, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) aceitou transformar Rosário em investigado pela CPI. Na sequência, a reunião da CPI foi encerrada.

Após a reunião, em entrevista, Simone Tebet (MDB-MS) voltou a dizer que Rosário “passou pano” sobre irregularidades. Ela revelou, no entanto, ter se entendido com o ministro, depois do bate-boca.

“Eu digo aos próximos depoentes: ‘não venham armados. Venham desarmados para responder’. Esta Casa não aceita arrogância, petulância, desrespeito. Ele fez um pedido privado [de desculpa], acho que tinha que ser publicamente. Mas dou como página virada, assunto encerrado”, declarou a emedebista.

Fonte: G1

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