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sábado, setembro 14, 2024
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Piauí chega ao 15º dia consecutivo sem registrar mortes por Covid-19, aponta boletim

Nesta quinta-feira (28), o Piauí chegou ao 15º dia consecutivo sem registrar mortes por Covid-19, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). O estado registrou somente dois casos da doença.

Os casos confirmados no estado somam 368.030 em todos os municípios piauienses. Já os óbitos pelo novo coronavírus chegam 7.735 casos e foram registrados em 224 municípios.

Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, 49 estão ocupados, sendo 27 leitos clínicos, 17 UTIs e 05 leitos de estabilização. As altas acumuladas somam 26.170 até o dia 28 de abril de 2022.

A Sesapi estima que 360.246 pessoas já estão recuperadas ou seguem em acompanhamento (casos registradas nos últimos 14 dias) que não necessitaram de internação ou evoluíram para morte.

Fonte: g1 Piaui

Pela primeira vez, Piauí completa uma semana sem registros de mortes por Covid-19

Nesta quarta-feira (20), foram confirmados 2 casos, ambos do sexo masculino, e nenhum óbito pela Covid-19 no estado nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde.

Os casos confirmados no estado somam 368.022 em todos os municípios piauienses. Já os óbitos pelo novo coronavírus chegam 7.735 casos e foram registrados em 224 municípios.

Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, 66 estão ocupados, sendo 36 leitos clínicos, 24 UTI’s e 06 leitos de estabilização.

As altas acumuladas somam 26.122 até o dia 20 de abril de 2022. A Sesapi estima que 360.223 pessoas já estão recuperadas ou seguem em acompanhamento (casos registradas nos últimos 14 dias) que não necessitaram de internação ou evoluíram para morte.

Fonte: G1 Piaui

Piauí registra 18 novos casos de Covid-19 e nenhum óbito pela doença em 24 horas

O Piauí registrou 18 novos casos de Covid-19 e nenhum óbito pela doença entre a noite de quarta e a desta quinta-feira (14), segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Dez mulheres e oito homens, com idades entre 6 e 81 anos, receberam diagnóstico para a infecção pelo novo coronavírus.

Somando desde o início da pandemia, os casos confirmados de Covid-19 no estado chegam a 367.981, registrados em todos os municípios piauienses. Os óbitos pela doença chegaram à marca de 7.735 vítimas, distribuídas nos 224 municípios do estado.

Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, 63 estão ocupados, sendo 34 leitos clínicos, 25 UTIs e 04 leitos de estabilização.

As altas acumuladas somam 26.094 até o dia 14 de abril de 2022. A Sesapi estima que 360.183 pessoas estão recuperadas ou seguem em acompanhamento (casos registradas nos últimos 14 dias) que não necessitaram de internação ou evoluíram para morte.

Fonte: G1 Piaui

Oito corpos são retirados de mangue em São Gonçalo; moradores falam em outros mortos pela PM

Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, retiraram oito corpos de um manguezal no bairro das Palmeiras, nesta segunda-feira (22). Ao longo da manhã, os corpos foram colocados em um terreno baldio próximo ao local. Segundo os moradores, outros corpos permanecem na área de mangue.

O fim de semana foi de tiroteios entre a Polícia Militar e traficantes. No sábado (20), um PM morreu na região. As mortes ocorreram durante uma ação do Batalhão de Operações Especiais na comunidade.

“Estes confrontos foram intensos, foram na área de mangue, é uma área de difícil trânsito. Logicamente estamos falando de um momento em que marginais estavam no interior da mata fechada”, destacou o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, em entrevista ao Bom Dia Rio.

Relatos de tortura

Os incidentes começaram na madrugada de sábado (20), quando o sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos, do 7º BPM (São Gonçalo) foi atacado a tiros por criminosos durante um patrulhamento em Itaúna, bairro vizinho às Palmeiras e também parte do Complexo do Salgueiro. Leandro morreu no hospital.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi mobilizado, e os embates se acirraram. Na manhã de domingo (21), uma idosa foi atingida no braço por uma bala perdida.

Moradores das Palmeiras afirmaram que foi uma chacina. Os corpos eram enfileirados e cobertos por lençóis na Rua Pedro Anunciato da Cruz.

“Os corpos estão todos jogados no mangue, com sinais de tortura. As pessoas, uma jogada por cima da outra. Estava com sinal totalmente de chacina mesmo”, relatou um.

“Muito conhecido da gente aqui morreu. A gente estava gritando no mangue para ver se consegue tirar, mas todos mortos”, relatou outra.

“As mães estão entrando dentro do mangue. Com o mangue acima do joelho para poder tentar puxar os corpos”, continuou mais uma.

A Defensoria Pública do RJ afirmou, em nota, ter recebido “relatos sobre a violenta operação no Complexo do Salgueiro” e comunicou o fato ao Ministério Público, “para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações”.

Fonte: G1

Com pandemia, número de mortes no Brasil tem salto de quase 15% em 2020, aponta IBGE

Nunca morreu tanta gente no Brasil como em 2020, ano marcado na história mundial pela pandemia da Covid-19. Estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que passou de 1,5 milhão o número de registros de óbitos feitos no país ao longo do ano – maior contingente de mortes da história recente do país.

Ao todo, foram registradas 195.965 mortes a mais no país na comparação com 2019, o que corresponde a um aumento de 14,9% dos registros de óbitos – maior aumento, tanto em número absoluto quanto em percentuais, desde 1984, quando teve início a série histórica das Estatísticas do Registro Civil feita pelo IBGE.

O número de mortes a mais que o registrado em 2019 coincide com total de mortos em decorrência da Covid-19 contabilizado pelo Consórcio de Veículos de imprensa – foram 195.441, conforme balanço divulgado no dia 1º de janeiro de 2021. Como são levantamentos com fontes e metodologias diferentes, porém, não é possível estabelecer uma relação direta entre os números.

Até esta quarta-feira (17), o Brasil registrava 611.898 mortes desde o início da pandemia, sendo que a grande maioria desse total de óbitos (68%) ocorreu em 2021.

Antes, o maior aumento no número de mortes no Brasil havia sido registrado entre 1992 e 1993 – foram 56,4 mil registros a mais de um ano para o outro, o que corresponde a uma alta de 6,7%.

“Nessa época, o sub-registro era muito alto, o que pode interferir nessa variação. Então, fizemos essa análise considerando os últimos dez anos. Nesse intervalo, o maior aumento foi registrado na passagem de 2015 para 2016, cerca de 43,2 mil mortes a mais, ou uma alta de 3,5%”, apontou a gerente das Estatísticas do Registro Civil, Klivia Brayner.

A pesquisa mostrou, também, que:

  • 91% do total de mortes ocorridas no país se deram em decorrência de causas naturais;
  • 73,5% dos óbitos registrados no país ao longo de 2020 ocorreram em hospitais;
  • o aumento substantivo foi concentrado entre pessoas acima de 60 anos de idade;
  • o número de mortes aumentou mais entre homens (16,7%) que entre mulheres (12,7%);
  • houve queda no número de mortes na faixa etária abaixo de 15 anos

O levantamento considerou o total de registros de óbitos feitos no país, que inclui mortes por causas naturais (classificação que inclui a Covid-19) e não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc), além daquelas de natureza desconhecida. A causa da morte em si não foi objeto do estudo. Todavia, segundo a coordenadora da pesquisa, alguns dados permitem apontar que o aumento de mortes está diretamente relacionado à pandemia.

“Houve um crescimento bastante relevante das mortes por causas naturais, o que é condizente com o cenário de uma epidemia”, apontou Klívia Brayner.

O IBGE destacou que, das 195.965 mortes a mais registradas em 2020 na comparação com o ano anterior, 190 mil se deram em decorrência de causas naturais, sendo que 148.561 foram de pessoas com mais de 60 anos, grupo com maior taxa de letalidade da Covid-19. Além disso, desse total, 73,5% dos óbitos ocorreram em ambiente hospitalar.

Para a epidemiologista Fátima Marinho, assessora sênior da Organização Não Governamental (ONG) Vital Strategies, “a grande maioria do excesso de mortes [em relação a 2019] foi por Covid-19”.

“Sabemos que aumentou um pouco o número de mortes por homicídio e que caiu um pouco o número de mortes por acidentes de transportes. Foram as mortes por causas naturais que aumentaram e o que chamamos de risco competitivo teve pouco impacto sobre esse aumento”, apontou.

Risco competitivo, explicou a pesquisadora, são doenças pré-existentes que aumentariam os riscos de morte por Covid-19. As principais, segundo ela, são doenças cardiovasculares e pneumonia, ambas com queda na comparação com 2019.

As mortes em decorrência de causas naturais representam 91% do total de óbitos registrados no país em 2020. Na comparação com o ano anterior, as mortes dessa natureza tiveram aumento de 16%, enquanto os óbitos por causas não naturais registraram uma alta de, apenas, 1,52%.

Fonte: G1

Piauí apresenta redução no número de óbitos por Covid

O estado do Piauí registrou um decréscimo no número de óbitos por Covid-19, segundo levantamento do Consórcio Nacional de Imprensa. A queda nas mortes pela doença nas últimas duas semanas foi de 54%.

“O Piauí foi destaque nacionalmente como o estado que mais teve redução nos óbitos por Covid-19 em todo o país. Isso é resultado de muito esforço do Governo do Estado para acelerar a vacinação. Já são quase 400 mil piauienses completamente imunizados contra a doença. Mas devemos ainda manter os cuidados para podermos vencer esta guerra contra o vírus”, destaca o secretário de Estado da Saúde Florentino Neto.

A média de morte diária, segundo o Painel Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) vem apresentando uma tendência de queda de -46%. O estado vem registrando oito óbitos por dia e 512 casos, que também está com tendência de queda de -34%. Os dados do painel levam em conta os números dos últimos sete dias.

“Essa queda, da média diária de óbitos, é reflexo da vacinação e das medidas de isolamento adotadas nos decretos, que foram essenciais para evitar a disseminação do vírus no Piauí. Porém, não é o momento de baixar a guarda, pois infelizmente ainda estamos em situação de alerta”, lembra a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.

O quantitativo de amostras recebidas pelo Lacen para a realização do exame de RT/PCR também apresentou uma queda. No mês de abril era feita, diariamente, uma média de 1.303 testes, em maio passou para 1.260 e em junho e inicio de julho a média diária é de 647 testes.

“O Lacen, no último mês, observou uma diminuição no número de amostras enviadas pelos municípios para análise, em comparação aos dois meses anteriores. Entretanto temos que alertar à população que, queda do movimento, não reflete, necessariamente, a da positividade, que ainda está alta, mesmo com a diminuição do número de casos”, lembra a diretora do Lacen, Walterlene de Carvalho.

O estado vem avançando na vacinação. No total, 1.098.459 piauienses vacinados com a primeira dose e 378.969 completamente imunizados contra a Covid-19, seja porque tomou as duas doses ou porque recebeu o imunizante que só necessita de uma aplicação para completar o esquema vacinal.

Fonte: Ascom

Brasil é o 2º país com mais mortes por covid de crianças na faixa de 0 a 9 anos

Lorena viu a filha Maria, de 1 ano e 5 meses, morrer em seus braços. Com diagnóstico tardio, Lucas, de 1 ano, filho de Jéssika, enfrentou diversas complicações relacionadas à covid-19 e morreu. José Rivera viu o filho Bernardo, de 3 anos, sucumbir à covid uma semana depois de testar positivo.

Eles não são exceções. Até meados de maio, 948 crianças de 0 a 9 anos morreram de covid no Brasil, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) compilados pelo Estadão. Nesse perfil de vítimas, o Brasil fica atrás apenas do Peru. A cada 1 milhão de crianças, 32 perderam a vida para a doença. No Peru, foram 41 por milhão. As vizinhas Argentina e Colômbia tiveram 12 e 13 mortes por milhão, respectivamente.

Para a análise, foram considerados 11 países que registraram pelo menos mil mortes por milhão de habitantes e que possuem mais de 20 milhões de habitantes. Polônia e Ucrânia, que entrariam na lista, foram excluídas pela ausência de dados. O cálculo foi feito pelo Estadão com apoio de Leonardo Bastos, estatístico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Nos países europeus, o cenário foi completamente diferente. O Reino Unido e a França registraram apenas 4 mortes de crianças de 0 a 9 anos, o que dá uma taxa de 0,5 morte por milhão em cada um dos países. No continente, o maior número foi registrado na Espanha. Lá, a cada 1 milhão de crianças, 3 morreram por covid – um décimo do índice brasileiro.

Fátima Marinho, epidemiologista Sênior da Vital Strategies, uma organização global de saúde pública, explica que o sistema de saúde do Peru é muito mais precário que o do Brasil. Por isso, já era esperado que o país andino registrasse índices piores. Na América Latina, o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tinha capacidade para lidar melhor com a pandemia. “O México tem um plano popular de saúde, mas é muito restrito. Quem não paga pelo menos esse plano morre na calçada. Esses tipos de sistema de saúde são um desafio. Com exceção da Argentina, Chile e Uruguai, estávamos mais bem preparados que os outros países latinos”, diz a epidemiologista.

A maior parte das mortes aconteceu em maio do ano passado, quando 131 crianças perderam a vida para a covid-19. Em seguida, vem abril deste ano, com 99 óbitos. Os bebês de até 2 anos foram as principais vítimas, correspondendo a 32,7% das mortes analisadas.

De acordo com os dados do Sivep-Gripe, 57% das crianças mortas pela covid no Brasil eram negras (grupo que inclui pretos e pardos). As crianças brancas correspondem a 21,5% das vítimas, as amarelas (de origem asiática) a 0,9% e 16% não tiveram raça indicada.

A morte entre indígenas também foi bastante expressiva. Apesar de representarem apenas 0,5% da população brasileira, 4,4% das crianças que perderam a vida para a covid eram indígenas. Em números, foram 42 mortes, a maioria em Mato Grosso (12) e Amazonas (11).

Fátima Marinho observa que o índice de mortalidade entre as crianças negras já era maior antes da pandemia. “Muitas das crianças negras residem em moradias superlotadas, com adultos que precisam sair para trabalhar, que têm empregos mais expostos ao vírus, que pegam transporte público. Dessa forma, a carga viral que chega para a criança é muito grande”, diz.

A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), aponta o fim do Mais Médicos como um dos motivos para o alto índice de mortes, principalmente entre as populações negra e indígena. “Não houve uma substituição dos profissionais. Os locais de mais difícil acesso, com população carente, enfrentaram dificuldades no atendimento médico.”

Especialistas ainda criticam a falta de uma coordenação nacional de políticas, para definir a volta às aulas, por exemplo. Para Fátima Marinho, as crianças deixaram de ser prioridade no País. “O Estado brasileiro abandonou as crianças à própria sorte. Cortaram a escola e não deram outra alternativa.”

Dor

Uma palavra descreve vários casos: saudade. Os primeiros sintomas de Lucas, de 1 ano, surgiram em 8 de maio do ano passado. O menino, que nunca rejeitava uma mamadeira, passou a apresentar falta de apetite, além de febre. Filho único, veio inesperadamente, e era a maior alegria da professora Jéssika Ricarte, que havia passado dois anos tentando engravidar.

Jéssika resolveu levar o filho a um pronto-socorro municipal de Tamboril, a 300 km de Fortaleza. Um exame com oxímetro mostrou que a saturação de Lucas estava em 86%. Mesmo com isso, o médico se recusou a testá-lo para a covid-19 e disse que não era mais que uma dor de garganta. “Antes de existir covid, existem outras doenças, mãe”, disse o profissional.

Mas Lucas foi piorando, mesmo após ser transferido para uma UTI pediátrica. Em 8 de julho, uma chamada telefônica do hospital pôs fim à esperança. “Quando meu filho morreu, isso destruiu a minha vida e a do meu marido, e a dos avós dele. O primo dele, de 8 anos, tem problemas psicológicos porque vive esse luto. Eu tô com tanta saudade do meu filho.”

Neste ano, em 11 de março, os médicos desligaram os aparelhos que mantinham com vida a pequena Maria, de 1 ano e 5 meses, após uma luta de quase um mês contra a covid-19. E a assistente social Lorena Ferrari, mãe da menina, sabe bem o que é saudade. “Os médicos precisavam fazer exames para diagnosticar a morte cerebral, mas, para fazer os procedimentos, eles precisavam diminuir a quantidade de oxigênio que Maria recebia. Quando eles diminuíam, a saturação dela caía. Isso não é permitido por lei. A gente teve de esperar até 11 de março, quando a saturação dela estabilizou. Eles fizeram os exames e constataram a morte cerebral. No dia seguinte, os órgãos dela foram deixando de funcionar, e os médicos foram desligando os aparelhos. Ela morreu nos meus braços.”

Já Bernardo Rivera, de 3 anos, tinha a saúde debilitada por um afogamento sofrido em setembro e recebia cuidados em uma UTI montada dentro de casa. Ao contrair o coronavírus, acabou não resistindo: morreu uma semana depois de testar positivo para a covid-19.

O pai, José Rivera, vereador em Alumínio (SP), exibe força ao falar sobre a morte. Diz que precisa apoiar a mulher, que sofre muito com a ausência. “Eu vejo que ela acorda no meio da noite, sem ar, chorando pela falta dele.” Mas a serenidade é apenas uma das formas de se lidar com o luto. A saudade não deixa de ser dolorosa. “A dor de um pai enterrar um filho é muito grande. Nós sentimos isso na pele, sabemos o quanto é difícil.”

Testagem tardia

A falta de testes ou até mesmo a testagem tardia esconde, pelo menos, outras 1,5 mil mortes de crianças de 0 a 9 anos. A projeção é da epidemiologista Sênior da Vital Strategies, Fátima Marinho. Ela aponta que a subnotificação nessa faixa etária pode chegar a 160%. Com a correção, seriam quase 2,5 mil vítimas.

Um dos problemas que leva a isso, diz, é a escassez de testes. “Já ouvi médicos dizendo que não testam crianças porque tem pouco exame e, se testar a criança, vai faltar para o adulto”, conta. “Dessa forma, a análise para coronavírus só é feita, em geral, em crianças que apresentam a forma grave da doença. Mesmo nesses casos, o RT-PCR pode vir tarde demais, quando o vírus já não está mais presente na nasofaringe, gerando resultado falso negativo.”

Vivian Botelho Lorenzo, intensivista pediátrica, orienta os pais a buscarem sempre um pediatra para avaliar os filhos. Dentre os sinais mais comuns da covid-19 em crianças, ela cita sintomas respiratórios que podem evoluir para a falta de ar, além de sintomas gastrointestinais. “Crianças que evoluem com diarreia e vômito tendem a apresentar quadros mais graves da doença.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:Estadão Conteúdo

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