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Trump sugere troca de governo no Irã e lança novo slogan: ‘MIGA’

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Trump sugere possível mudança de regime no Irã após bombardeios dos EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou neste domingo (22) a possibilidade de uma mudança de regime no Irã, em uma publicação feita nas redes sociais, apenas um dia após os EUA entrarem oficialmente na guerra ao bombardearem três instalações nucleares iranianas no sábado (21).

Na mensagem, Trump usou o slogan “MIGA” — sigla de Make Iran Great Again (“Tornar o Irã grande novamente”, em tradução livre), uma variação do seu conhecido lema de campanha “MAGA” — Make America Great Again.

“Não é politicamente correto falar em ‘mudança de regime’, mas se os governantes atuais não conseguem TORNAR O IRÃ GRANDE NOVAMENTE, por que não haveria uma mudança de regime??? MIGA!!!”, escreveu ele na plataforma Truth Social.

Apesar das declarações de Trump, autoridades do governo norte-americano têm afirmado que a operação militar não tem como objetivo derrubar o governo iraniano.

A guerra entre Irã e Israel começou no último dia 13, quando forças israelenses anunciaram uma ofensiva contra instalações nucleares iranianas. Em resposta, Teerã iniciou ataques de retaliação.

Neste domingo (22), o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, esclareceu que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos tiveram como foco impedir o avanço do programa nuclear iraniano, e não provocar uma troca de regime.

“Essa missão nunca teve como propósito mudar o regime do Irã”, afirmou Hegseth durante entrevista no Pentágono.

Entrada dos EUA no conflito e suas implicações

Desde fevereiro, Trump vinha sinalizando que os Estados Unidos poderiam se envolver diretamente na guerra, especialmente em apoio a Israel. Na ocasião, ele reativou a política de “pressão máxima” sobre Teerã, com o objetivo de forçar o país a renegociar um novo acordo nuclear.

Em 17 de junho, Trump afirmou que os EUA já tinham o “controle dos céus” sobre o Irã, provavelmente em alusão à aliança militar com Israel. Também declarou que sabia a localização do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, e insinuou que poderia atacá-lo, embora tenha dito que, por enquanto, não o faria — mas que a “paciência estava se esgotando”.

Dois dias depois, em 19 de junho, Trump afirmou que levaria até duas semanas para decidir oficialmente sobre a entrada dos EUA na guerra.

Especialistas consultados pelo g1 no dia 18 alertaram que o envolvimento direto dos EUA pode agravar ainda mais as tensões internas no Irã. Segundo a doutora em Direito Internacional, Priscila Caneparo, os EUA são atualmente o único país com capacidade militar suficiente para neutralizar o programa nuclear iraniano — algo que Israel, sozinho, não conseguiria fazer.