Político nacionalista de ultradireita Ben-Gvir, que integra coalizão de Netanyahu, fez visita de 15 minutos ao complexo da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém. Palestina e Jordânia interpretam o gesto como provocação.
O Ministério das Relações Exteriores palestino disse “condenar veementemente a invasão à mesquita de Al-Aqsa pelo ministro extremista Ben-Gvir e a vê como uma provocação sem precedentes e uma perigosa escalada do conflito”.
Jordânia “condena nos termos mais severos”Ben-Gvir não se aproximou da mesquita, que é um símbolo do nacionalismo palestino e sua busca pela criação de um Estado, uma meta que parece cada vez mais distante, com Ben-Gvir e outros aliados de extrema-direita no novo governo de Netanyahu.
A Jordânia, guardiã da Al-Aqsa e do próprio acordo de paz com Israel, também criticou a visita: “A Jordânia condena nos termos mais severos a invasão da mesquita de Aqsa e a violação de sua santidade”, declarou o Ministério das Relações Exteriores jordaniano, acrescentando que a visita violou o direito internacional e “o status quo histórico e legal em Jerusalém”.Um porta-voz do Hamas, grupo islâmico palestino que rejeita a coexistência com Israel, comentou assim a visita de Ben-Gvir: “A continuidade desse comportamento aproximará todas as partes de um grande conflito.
“O complexo de Al Aqsa, conhecido pelos muçulmanos como Nobre Santuário, é o terceiro local mais sagrado do Islã. É também o local mais sagrado do judaísmo, um vestígio de dois antigos templos da fé.
O advogado Itamar Ben-Gvir foi nomeado em dezembro ministro do governo liderado por Netanyahu. Ele defende a anexação por Israel da Cisjordânia, onde vivem 2,9 milhões de palestinos, asim como a expulsão de parte da população árabe de Israel.