Este ano, já foram concedidos cinco selos de produto artesanal vegetal.
O pequeno produtor rural, associações, cooperativas e pequenas indústrias de origem vegetal já podem certificar seus produtos e obter o selo que permite a comercialização dentro do território estadual. A certificação é emitida pela Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA), através da gerência de classificação vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI).

Neste ano, já foram concedidos cinco selos de produto artesanal vegetal. A primeira certificação foi entregue em março ao Sítio R. Fonseca, em Sebastião Leal, que processa produtos derivados de buriti. Outros contemplados foram: Doces Suíta, de Valença; Sítio Primavera, de Teresina; Associação Riacho dos Negros, em Palmeirais; e a Associação de Mulheres Agroextrativistas, de São João do Arraial.
Até receberem o selo, indústrias de produtos como compotas, doces, frutas congeladas, azeites vegetais, geleias, picles, conservas, e outros, passam por rigorosas análises fiscais. Atendendo à legislação regulamentada este ano, esses produtos recebem uma certificação que garante ao consumidor o cumprimento de todas as normas higiênico-sanitárias durante sua fabricação.

“Estamos garantindo que os produtos do Piauí cheguem ao mercado com qualidade e segurança, cumprindo as exigências de higiene e sanidade. Esse selo não é apenas um certificado, mas também uma oportunidade para expandir a comercialização em todo o Brasil, agregando valor ao trabalho dos produtores e fortalecendo a economia local”, afirma o secretário Fábio Abreu.
A iniciativa da ADAPI, ao regulamentar e conceder o selo de inspeção para produtos de origem vegetal, fortalece a economia local, permitindo a inserção desses produtos em programas federais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Além de facilitar a entrada em programas governamentais, o selo também promove a geração de emprego e renda, alinhando-se ao plano de governo do governador Rafael Fonteles”, acrescenta o secretário.
Adesão ao selo agrega valor ao produto
Embora a adesão ao Selo de Qualidade Estadual para produtos artesanais seja voluntária, obter o registro e a certificação agrega valor ao produto no mercado.
“A certificação com o selo artesanal não é obrigatória, mas é fundamental para conquistar novos mercados, uma vez que permite a comercialização segura em todo o Brasil”, explica Ernando Cardoso, Gerente de Classificação e Inspeção Vegetal da ADAPI.

Segundo informações da ADAPI, a demanda por certificação tem aumentado, e atualmente a agência está analisando 20 pedidos. Qualquer produtor interessado pode iniciar o processo de certificação de seus produtos diretamente com a ADAPI ou obter mais informações pelo e-mail educacaosanitaria@adapi.pi.gov.br ou pelo WhatsApp (86) 99461-1644.
Experiências que geram lucro
A Associação Riacho dos Negros, em Palmeirais, recebeu seu certificado em uma data especial: o Dia do Psicólogo, tornando o momento ainda mais significativo. O projeto, iniciado durante a pandemia de Covid-19 como uma forma de apoio psicológico às mulheres da comunidade, transformou-se em um negócio lucrativo.
Maria de Souza, uma das associadas, expressou sua emoção ao receber o certificado, destacando que o selo simboliza mais do que reconhecimento. “Ele representa nossa força e dedicação. Durante a pandemia, encontramos uma nova forma de sustento, e agora vemos nosso trabalho ganhando o mundo. É um sonho realizado”, afirmou.
Com o selo, o sonho de ter um caminhão para transportar os produtos da associação já se concretizou. Agora, a associação planeja reformar sua sede para ampliar a fabricação e a diversidade de produtos. Atualmente, cerca de 30 associadas produzem tempero completo, doce de tamarindo, doce de melancia, pasta de alho e sequilhos de coco, todos devidamente registrados. Novos produtos, como pequi e maxixe em conserva, estão em fase de estudo de durabilidade e têm lançamento previsto para o primeiro semestre de 2025.
De acordo com o diretor-geral da ADAPI, João Rodrigues, esse trabalho não apenas amplia a demanda por atividades relacionadas à saúde da população, mas também fortalece a inspeção de alimentos, produtos e subprodutos de origem animal, consolidando o papel da agência na agroindústria e no agronegócio do estado.
