O nome de um cardeal italiano ganhou destaque no conclave que escolherá o novo papa, impulsionado pela desistência de outro participante.
Está confirmado: dois cardeais estão doentes e não participarão da eleição do sucessor de Francisco. Com isso, o colégio eleitoral contará com 133 votantes, sendo necessários 89 votos para alcançar os dois terços exigidos.
Entre os ausentes está o cardeal Angelo Becciu, condenado em primeira instância por desvio de recursos e fraude. Ele abriu mão de seu voto após pressão de Pietro Parolin, ex-secretário de Estado e principal nome cotado para o papado. A saída de Becciu fortalece ainda mais Parolin, que irá presidir o conclave.
Fontes indicam que Parolin já teria cerca de 50 votos a seu favor. No entanto, o caminho até a fumaça branca não deve ser tranquilo: cardeais ultraconservadores desejam eleger alguém alinhado à oposição às reformas promovidas por Francisco, como a bênção a casais homoafetivos e o debate sobre o celibato opcional. Nesse cenário, o grupo moderado pode ser decisivo.
Historicamente, os conclaves duram em média três dias. Os de 2005 e 2013 definiram o novo papa em apenas 48 horas. A votação na Capela Sistina começa em 7 de maio, às 16h30 no horário local (11h30 em Brasília).
