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CPI pede retenção do passaporte do lobista Marconny Albernaz

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A CPI da Covid pediu nesta quinta-feira (2) que a Polícia Federal retenha o passaporte do lobista Marconny Albernaz por 30 dias.

O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou a medida na retomada da sessão da CPI, no início da tarde.

A CPI tinha se programado para ouvir o depoimento de Marconny nesta quinta, mas ele não apareceu. O lobista apresentou um atestado médico, que a CPI contesta.

Diante da ausência, a CPI determinou que a polícia legislativa o conduza à comissão. Mesmo com policiais na busca, ele ainda não foi encontrado.

A CPI também pediu ao STF que aprove a condução coercitiva do lobista. O documento ao STF pede uso de “força policial e de todos os meios mínimos necessários”.

A comissão quer que Marconny seja ouvido ainda nesta quinta ou, se não for possível, em data e horário definidos pelos senadores. A CPI também pediu que o lobista seja proibido de deixar a comarca onde reside sem prévia autorização da comissão.

Se Marconny não for encontrado, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defende que a comissão aprove a prisão preventiva do lobista.

Investigações

A CPI obteve mensagens que demonstram que Marconny tentou fraudar uma licitação para a compra de testes contra a Covid-19. Senadores também dizer ter indícios de que o advogado tem proximidade com a família e com a advogada do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quinta, os senadores também solicitaram que seja enviado um ofício ao Ministério Público Federal para que tome conhecimento desses e adote as devidas providências.

A CPI quer questionar Marconny sobre a suposta atuação na negociação do contrato bilionário do Ministério da Saúde com a Precisa para aquisição da vacina Covaxin. O negócio acabou cancelado por suspeita de irregularidades.

Os senadores também querem ouvir de Marconny respostas sobre a participação dele na venda de testes contra a Covid-19 ao poder público.

Apurações conduzidas pelo Ministério Público Federal, compartilhadas com a CPI, apontam que Marconny teria encaminhado mensagens com explicações sobre processo supostamente irregular para aquisição de testes.

Fonte: G1