Líderes europeus pressionam Rússia por cessar-fogo e ameaçam com novas sanções
Neste sábado (10), líderes europeus estiveram reunidos em Kiev, na Ucrânia, para enviar um recado claro à Rússia: aceitar um cessar-fogo imediato ou enfrentar sanções ainda mais rigorosas. O encontro resultou em um ultimato ao presidente russo, Vladimir Putin, exigindo resposta até a próxima segunda-feira (12).
“Estamos mais próximos de alcançar um cessar-fogo urgentemente necessário”, afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido, Kier Starmer, que passou o dia em Kiev ao lado de outras lideranças europeias, como o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Friedrich Merz, o premiê polonês Donald Tusk e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
A agenda foi intensa: além de homenagens aos soldados e civis mortos durante os mais de três anos de conflito, os líderes conversaram por videoconferência com a primeira-ministra da Itália, o novo primeiro-ministro do Canadá, a presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da Otan. Também mantiveram uma ligação telefônica com Donald Trump.
O ultimato prevê um cessar-fogo incondicional de 30 dias, conforme proposta dos Estados Unidos. Caso não haja aceitação por parte do Kremlin até segunda-feira, os aliados da Ucrânia prometem reforçar as sanções econômicas e ampliar o apoio militar à resistência ucraniana.
Zelensky elogiou o entendimento como um avanço importante e garantiu estar pronto para implementar a trégua, mas disse não confiar que a Rússia vá cumprir o acordo. Já em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou os líderes europeus de se contradizerem e afirmou que pressionar a Rússia não trará resultados. À noite, o presidente Vladimir Putin declarou que é a Ucrânia quem tem rejeitado propostas de paz e sugeriu a realização de negociações diretas entre os dois países em Istambul, dentro de cinco dias.
