Esse evento representou um passo significativo rumo a uma gestão pública mais inclusiva e eficaz.
A Secretaria do Planejamento do Piauí (Seplan) promoveu, na sexta-feira (20), a Oficina de Formação em Orçamento Sensível a Gênero e Raça. A consultora de Orçamentos do Senado Federal, Rita de Cássia Leal, conduziu a atividade, que também contou com a participação de Ismália Afonso, oficial de Gênero e Etnia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O evento foi realizado em parceria com a Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempi) e o Consórcio Nordeste.
Voltada para secretarias estaduais, incluindo superintendentes, diretores e gerentes, a oficina visou aprimorar a mobilização de equipes e fortalecer a comunicação com stakeholders essenciais ao planejamento estadual.
Os participantes discutiram a importância da comunicação eficiente entre as diversas esferas do governo, ressaltando a necessidade de uma articulação estratégica para a implementação eficaz de políticas públicas. A presença de gestores de várias áreas destacou o compromisso da Seplan com a modernização da gestão pública e a melhoria dos resultados.
Durante a oficina, Rita de Cássia Leal sublinhou a relevância de um orçamento que considere questões de gênero no cenário global. “A atividade em Teresina integra um debate mundial sobre a necessidade de incorporar essas perspectivas para otimizar a alocação de recursos, seguindo recomendações internacionais”, afirmou.
A superintendente da Cepro, Cíntia Bartz, enfatizou a importância de incorporar as perspectivas de gênero e raça nos instrumentos de planejamento, como o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). “A oficina tem o objetivo de assegurar a alocação de recursos específicos para que as políticas públicas sejam efetivas e priorizadas. Essa iniciativa promove maior integração e comprometimento entre as secretarias e órgãos do Estado”, afirmou.
Durante o encontro, foram discutidos os desafios enfrentados na implementação de políticas públicas, além de uma análise mais ampla do ciclo orçamentário. A discussão incluiu os instrumentos disponíveis para a inclusão e consolidação das agendas de gênero e raça desde o planejamento governamental.
Foram considerados diversos documentos, como o plano de desenvolvimento de longo prazo do Estado, os planos de referência das políticas públicas, o Plano Estadual de Políticas para as Mulheres e o Plano de Igualdade Racial.
O objetivo é influenciar o PPA, estabelecendo indicadores e metas a serem cumpridas, que deverão ser financiadas pelo orçamento. Todo esse processo contará com uma avaliação ao final do ciclo, permitindo que os resultados retroalimentem o planejamento e contribuam para um desenvolvimento que traga mudanças significativas na vida das pessoas.
Cíntia Bartz ressaltou que esse momento representa um passo importante para uma gestão pública mais inclusiva e eficiente, alinhando-se às metas do governo estadual de promover políticas que garantam maior justiça social e equidade em suas ações.
