Início Economia Governo define nesta terça-feira se aderirá à Opep+ e o destino de...

Governo define nesta terça-feira se aderirá à Opep+ e o destino de Angra 3; veja os detalhes.

COMPARTILHAR

O governo decidirá nesta terça-feira (18) sobre a possível adesão do país ao grupo de aliados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+).

Pela manhã, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reunirá para discutir a entrada do Brasil no grupo, além de deliberar sobre o futuro da usina nuclear de Angra 3.

🔎 Criada em 1960, a Opep atualmente reúne 13 grandes produtores de petróleo, incluindo Arábia Saudita, Irã, Iraque, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

Brasil e a Opep+

💡 A Opep+ inclui, além dos membros da organização, países aliados que colaboram em políticas internacionais de comércio de petróleo e intermediação entre produtores e não membros. O Brasil estuda ingressar nesse grupo.

O CNPE, órgão consultivo vinculado à Presidência da República, conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros de Estado. A Opep+ tem manifestado interesse na adesão do Brasil há anos e, em novembro de 2023, o governo confirmou que avaliava o convite, durante a visita de Lula à Arábia Saudita.

Caso a entrada seja aprovada, o Brasil se tornará parte do grupo no mesmo ano em que sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30).

Angra 3 em pauta

Além da Opep+, o CNPE também decidirá nesta terça-feira (18) sobre a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, cuja decisão havia sido adiada em dezembro após um pedido coletivo de vista dos ministros.

O Ministério de Minas e Energia, responsável pela presidência do conselho, recomendou a aprovação da retomada do projeto. O CNPE analisará dois estudos sugeridos pelo ministro Alexandre Silveira:

• Reformas na governança da Eletronuclear, estatal que administra as usinas, com avaliação a cargo da Casa Civil.

• Alternativas de financiamento para conclusão das obras, sob análise dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Atualmente, o modelo prevê que os custos finais de Angra 3 sejam repassados ao consumidor por meio da tarifa de energia elétrica. Para ser concluída, a usina ainda exige investimentos estimados em R$ 20 bilhões.