
Governo do Piauí mapeia imóveis desocupados no Centro de Teresina para revitalização
O Governo do Estado do Piauí iniciou o mapeamento de prédios públicos desocupados no Centro de Teresina, com o objetivo de revitalizar essas estruturas e destiná-las a novos usos, como a oferta de serviços públicos. A expectativa é que cerca de 75 imóveis estaduais sejam avaliados para essa finalidade. A iniciativa visa incentivar a ocupação e dinamizar as atividades no Centro da capital.

De acordo com a Secretaria da Administração (Sead), também foi firmada uma parceria com a União para a reativação de imóveis federais atualmente ociosos. Esses espaços estão passando por processos de avaliação para possível cessão ou reocupação. Alguns imóveis já foram vistoriados e estão em fase de obras (confira a lista mais abaixo).
Segundo Bárbara Dantas, diretora de Gestão de Patrimônio Imobiliário da Sead, o projeto vai além da execução de reformas imediatas. “O foco é realizar um mapeamento rigoroso, identificando a melhor destinação para cada prédio, de acordo com suas características e potencialidades”, explicou.
Ela acrescentou ainda que a proposta busca estimular a reocupação do Centro de Teresina, fortalecendo a oferta de serviços públicos e promovendo o uso consciente do patrimônio.
Entre os imóveis que já passaram por reocupação, estão:
O prédio desativado na Rua Clodoaldo Freitas, que será inaugurado como Espaço da Cidadania Digital na próxima quarta-feira (30); O antigo prédio do Fórum Central I, na Rua Álvaro Mendes, que abrigará a nova Vice-Governadoria do Estado; A antiga sede da Emater, na Rua Coelho Rodrigues, que foi cedida ao Instituto Federal do Piauí (IFPI); O prédio do antigo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na Avenida Miguel Rosa, que receberá a nova sede da Secretaria do Planejamento (Seplan); Um imóvel da Justiça do Trabalho, na Rua 24 de Janeiro, que será ocupado por vários órgãos, como a Secretaria de Inteligência Artificial (SAI) e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU).
Preocupação com o futuro do Centro
Pesquisadores do curso de Ciência Política da Universidade Federal do Piauí (UFPI) alertam que a desocupação no Centro de Teresina cresceu em 2024. Um estudo recente aponta que, se nenhuma intervenção for feita, a região poderá enfrentar um colapso até 2030.
A pesquisa concentrou-se na área delimitada pela Avenida Maranhão, Rua 24 de Janeiro, Rua São Pedro e Desembargador Freitas — cerca de 100 quarteirões. Esta região, que já foi um dos principais polos de circulação de pessoas por conta do transporte público, vem sofrendo com a queda no fluxo populacional, impulsionada, entre outros fatores, pela crise no sistema de transporte coletivo.
