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ISABEL II DO REINO UNIDO: 3 EM 1 PESSOA (RAINHA, HUMILDE E POPULAR)

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ELIZABETH II foi a 1ª rainha feminina da Casa de Windsor, Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e Comandante Suprema das Forças Armadas do Reino Unido, iniciando as funções de monarca em 1952 (com apenas 25 anos de idade) e finalizando em 2022. Ela teve funções constitucionais, representou de forma ativa sua nação perante o mundo, além de sua popularidade pessoal, tendo reinado 7 países independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão, bem como a chefe da Commonwealth. Isabel nasceu em Londres, como a 1ª filha do duque e da duquesa de Iorque (mais tarde rei Jorge VI e rainha Isabel). Seu pai assumiu o trono em 1936 após a renúncia de seu irmão, o rei Eduardo VIII, tornando a princesa Isabel a herdeira presuntiva do trono britânico. Teve educação em casa e exerceu funções públicas na 2ª Guerra Mundial. Em novembro de 1947, ela se casou com Filipe Mountbatten, e seu casamento durou 73 anos até a morte de Filipe em 2021. Eles tiveram 4 filhos: Carlos (Príncipe de Gales); Ana (Princesa Real); o príncipe André (Duque de Iorque); e o príncipe Eduardo (Conde de Wessex). Momentos de dificuldade incluem a morte de seu pai Alberto, o assassinato de Louis Mountbatten (tio do príncipe Filipe), o fim dos casamentos de seus filhos em 1992, a morte em 1997 de Diana (Princesa de Gales) e as mortes de sua irmã e mãe em 2002. Isabel ocasionalmente enfrentou movimentos republicanos e pesadas críticas a família real, porém o apoio a monarquia e sua popularidade pessoal permanecem altos. Isabel tinha paixão de Isabel por cavalos e cachorros, sua disposição metódica e sua atitude de responsabilidade. Ela recebeu aulas de história constitucional, francês, matriculou-se como Guarda Marinha. Durante a 2ª Guerra Mundial m setembro de 1939, Lorde Douglas sugeriu que as 2 princesas fossem evacuadas para o Canadá, mas essa ideia foi rejeitada pela rainha, que disse: “As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o Rei. E o Rei nunca partirá”. Em 1943, aos 16 anos de idade, Isabel fez sua 1ª aparição pública sozinha ao visitar os Grenadier Guards, de que ela havia sido nomeada coronel no ano anterior. A princesa Isabel foi para sua 1ª viagem internacional em 1947, acompanhando seus pais pelo sul da África. Durante a viagem, em uma transmissão para toda Comunidade Britânica no seu aniversário de 21 anos, ela fez a seguinte promessa: “Eu declaro diante de vocês que toda minha vida, seja ela longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço da nossa grande família imperial, à qual todos nós pertencemos”. Isabel conheceu seu futuro marido em 1934. Depois de mais um encontro em julho de 1939 no Real Colégio Naval de Dartmouth, Isabel – então com apenas 13 anos de idade – afirmou que havia se apaixonado por Filipe e eles começaram a trocar cartas. Isabel e Filipe se casaram na Abadia de Westminster em 20 de novembro de 194, recebendo convidados de todo mundo. Ela visitou os Estados Unidos em 1957, onde discursou para a Assembleia Geral das Nações Unidas em nome da Commonwealth. Na mesma viagem, ela abriu o 23º parlamento canadense, tornando-se a 1ª monarca do Canadá a abrir uma sessão parlamentar. Isabel visitou o Brasil em 1968 durante 11 dias como parte um programa de integração econômica com a América Latina, tendo sido recebida pelo presidente Artur da Costa e Silva e discursado no Congresso Nacional.

As décadas de 1960 e 1970 viram a descolonização da África e Caribe. Mais de vinte países ganharam sua independência do Reino Unido como parte de uma transição planejada para o governo autônomo. Porém em 1965, Ian Smith, primeiro-ministro da Rodésia, foi de encontro aos movimentos em direção a um governo majoritário e declarou independência unilateral do Reino Unido enquanto ainda expressava sua “lealdade e devoção” a Isabel. Apesar dela tê-lo dispensado em uma declaração formal e a comunidade internacional ter aplicado sanções contra a Rodésia, o regime de Smith sobreviveu por mais de uma década.[96] O primeiro-ministro Edward Heath aconselhou a rainha em fevereiro de 1974 a convocar uma eleição geral no meio de sua viagem pelo Círculo do Pacífico Austronésio, forçando sua volta para a Inglaterra.[97] A eleição resultou em um parlamento dividido; os conservadores de Heath não eram a maioria, porém poderiam permanecer no poder se formassem uma coligação com os liberais. Heath renunciou apenas quando as discussões da coligação não chegaram em nenhum acordo, então Isabel pediu para que Harold Wilson, Líder da Oposição e pertencente ao Partido Trabalhista, formasse um governo.[98] No ano seguinte, no auge da crise constitucional australiana, o primeiro-ministro Gough Whitlam foi dispensado de seu cargo pelo governador-geral sir John Kerr, logo depois do senado controlado pela oposição ter rejeitado as propostas orçamentárias de Whitlam.[99] Já que o primeiro-ministro tinha a maioria na Câmara dos Representantes, o presidente da câmara Gordon Scholes apelou para que a rainha revertesse a decisão de Kerr. Isabel se recusou, afirmando que não interferiria em decisões que a Constituição da Austrália reserva ao governador-geral.[100] A crise alimentou o movimento republicano australiano.[99]

Isabel comemorou em 1977 o Jubileu de Prata de sua ascensão. Festas e eventos ocorreram por toda Commonwealth, muitos coincidindo com suas viagens pela Grã-Bretanha e seus outros reinos. As celebrações reafirmaram a popularidade da rainha, apesar da cobertura negativa praticamente coincidente da imprensa da separação da princesa Margarida de seu marido.[101] No ano seguinte, Isabel recebeu no Reino Unido uma visita oficial do ditador comunista romeno Nicolae Ceaușescu e sua esposa Elena,[102] apesar de em particular ela acreditar que o casal tinha “sangue nas mãos”.[103] 1979 veio com dois grandes golpes: o primeiro foi a descoberta que Anthony Blunt, ex-agrimensor real, era um espião comunista; o segundo foi o assassinado de Louis Mountbatten pelo IRA.[104] De acordo com Paul Martin, Sr., a rainha estava preocupada no final da década de 1970 que a coroa “tinha pouco significado para” Pierre Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá. Tony Benn afirmou que Isabel considerava que Trudeau era “bastante decepcionante”. Seu suposto republicanismo parecia ser confirmado por suas palhaçadas, como escorregar pelos corrimãos do Palácio de Buckigham e fazer piruetas atrás da rainha em 1977, além da remoção de vários símbolos reais canadenses durante seu mandato. Os políticos canadenses enviados a Londres em 1980 para discutir patriação da Constituição do Canadá descobriram que Isabel estava “melhor informada … que qualquer outro político ou burocrata britânico”. Ela estava particularmente interessada na falha do Projeto de Lei C-60, que teria afetado seu papel como chefe de estado.[105] A patriação removeu o papel do parlamento britânico na constituição canadense, porém a monarquia foi mantida. Trudeau disse em suas memórias que a rainha era a favor de suas tentativas para reformar a constituição e que ficou impressionado pela “graça que ela exibia em público” e “a sabedoria que ela mostrou em particular”.[106]

Durante a cerimônia do Trooping the Colour de 1981 e seis semanas antes do casamento de Carlos, Príncipe de Gales, e Diana Spencer, seis tiros foram disparados em Isabel a curta distância enquanto ela cavalgava pelo The Mall com seu cavalo Burmese. A polícia mais tarde descobriu que os tiros eram de festim. Marcus Sarjeant, o atacante de dezessete anos, foi sentenciado a cinco anos de prisão, porém foi solto depois de três.[107] A compostura e habilidade da rainha ao controlar sua montaria foram muito elogiadas.[108] Em 14 de outubro de 1981 a rainha Isabel II de visita à Nova Zelândia, enquanto desfila numa parada automóvel, Christopher John Lewis, 17 anos, pega numa espingarda e aponta-a à rainha. Dispara e falha. A polícia disse aos jornalistas que o adolescente tinha disparado numa estrada próxima. Christopher John Lewis continuou a planear ataques à família real, mas nunca foi condenado por traição ou tentativa de traição. Morreu na prisão em 1997.[109] Entre abril e setembro de 1982, Isabel permaneceu ansiosa[110] e ao mesmo tempo orgulhosa[111] de seu filho príncipe André, que estava servindo nas forças britânicas durante a Guerra das Malvinas. No dia 9 de julho, ela acordou em seu quarto no Palácio de Buckigham e descobriu um intruso, Michael Fagan, no mesmo aposento. Permanecendo calma e através de duas chamadas para a central de polícia do palácio, Isabel conversou com Fagan enquanto ele sentava na beirada de sua cama até a ajuda chegar sete minutos depois.[112] Ela recebeu o presidente americano Ronald Reagan no Castelo de Windsor em 1982 e visitou o Rancho del Cielo em 1983, porém ficou brava quando sua administração não a informou sobre a invasão de Granada, um de seus reinos caribenhos.[113] Isabel cavalgando Burmese na Trooping the Colour de 1986 O grande interesse da mídia nas opiniões e vida particular da família real durante a década de 1980 levou a uma série de histórias sensacionalistas na imprensa, das quais nem todas eram inteiramente verdade.[114] Como Kelvin MacKenzie, editor do The Sun, disse a sua equipe: “Dê-me um respingo dos reais no domingo para segunda-feira. Não se preocupem se não for verdade – contanto que não haja muito alarde sobre isso depois”.[115] O editor Donald Trelford escreveu em 21 de setembro de 1986 no The Observer que “A novela real chegou em tal nível de interesse público que a fronteira entre fato e ficção perdeu-se de vista … não é apenas que alguns jornais não checam seus fatos ou aceitam negativas: eles não ligam se as histórias são verdadeiras ou não”. Foi relatado, mais notavelmente pelo The Sunday Times de 20 de julho, que Isabel estava preocupada que as políticas econômicas da primeira-ministra Margaret Thatcher fomentavam divisões sociais, além de estar alarmada com o elevado desemprego, uma série de tumultos, a violência da greve de mineiros e as recusas de Thatcher de aplicar sanções contra o regime apartheid da África do Sul. As fontes dos rumores incluíam o ajudante real Michael Shea e Shridath Ramphal, Secretário-Geral da Commonwealth, porém Shea afirmou que suas colocações foram tiradas de contexto e embelezadas pela especulação.[116] A primeira-ministra supostamente disse que a rainha votaria pelo Partido Social Democrático – seus oponentes políticos.[117] John Campbell, biógrafo de Thatcher, afirmou que “a reportagem era um pedaço de travessura jornalística”.[118] Desmentindo os relatos de animosidade entre elas, Thatcher mais tarde transmitiu sua admiração pessoal por Isabel e,[119] depois dela ter sido substituída como primeira-ministra por John Major, a rainha entregou duas honras a Thatcher como presente pessoal: nomeações à Ordem de Mérito e à Ordem da Jarreteira.[120] O ex-primeiro-ministro canadense Brian Mulroney disse que Isabel foi a “força de bastidores” para encerrar o apartheid na África do Sul.[121][122] No Canadá em 1987, Isabel pronunciou publicamente seu apoio ao controverso Acordo Meech Lake, provocando críticas de oponentes das emendas constitucionais, incluindo Pierre Trudeau.[121] No mesmo ano, o governo eleito de Fiji foi deposto por um golpe militar. Como monarca de Fiji, Isabel apoiou as tentativas do governador-geral ratu sir Penaia Ganilau para afirmar o poder executivo e negociar um acordo. Sitiveni Rabuka, líder do golpe, depôs Ganilau e declarou o país como uma república.[123] O sentimento republicano cresceu no Reino Unido no início de 1991 por causa das estimativas da imprensa sobre a fortuna da rainha – que foram contrariadas pelo palácio – e relatos dos casos e problemas conjugais dentre os membros família real.[124] O envolvimento de alguns reais na programa The Grand Knockout Tournament foi ridicularizado[125] e Isabel virou alvo de sátiras.[126] Década de 1990 Logo depois do fim da Guerra do Golfo em 1991, Isabel se tornou a primeira monarca britânica a discursar para uma sessão conjunta do Congresso dos Estados Unidos.[127] Filipe e Isabel em outubro de 1992 Em um discurso no dia 24 de novembro de 1992 para marcar os quarenta anos de sua ascensão, Isabel chamou 1992 de seu annus horribilis, significando “ano horrível”.[128] Em março, seu segundo filho príncipe André, Duque de Iorque, se separou de sua esposa Sara Ferguson; em abril, sua filha Ana, Princesa Real, divorciou-se de seu marido Mark Phillips;[129] durante uma visita oficial a Alemanha em outubro, manifestantes em Dresden jogaram ovos nela;[130] e em novembro, um grande incêndio atingiu o Castelo de Windsor. A monarquia passou a sofrer críticas cada vez maiores e escrutínio público.[131] Isabel afirmou em um discurso excepcionalmente pessoal que qualquer instituição deve esperar críticas, porém sugeriu que isso fosse feito com “um toque de humor, gentileza e compreensão”.[132] John Major anunciou dois dias depois reformas nas finanças reais que estavam sendo planejadas desde o ano anterior, incluindo que a rainha passasse a pagar imposto de renda pela primeira vez em 1993 e uma redução de sua lista civil.[133] Carlos, Príncipe de Gales, e sua esposa Diana Spencer se separaram formalmente em dezembro. O ano terminou com Isabel processando o The Sun por violação de direitos autorais quando o jornal publicou o texto de sua mensagem anual de Natal dois dias antes da transmissão. A publicação foi forçada a pagar as despesas legais da rainha e doar duzentas mil libras para a caridade.[134] As revelações públicas sobre os detalhes do casamento de Carlos e Diana continuaram nos anos seguintes.[135] Mesmo com o apoio ao republicanismo estando no seu mais alto nível em décadas, ele permaneceu um ponto de vista minoritário e Isabel manteve altos índices de aprovação.[136][137] As críticas eram centradas na própria instituição da monarquia e na família real ao invés das próprias ações e comportamentos da rainha.[136] Depois de se consultar com Filipe, Major, o arcebispo George Carey e seu secretário pessoal Robert Fellowes, Isabel escreveu a Carlos e Diana em dezembro de 1995 dizendo que o divórcio era algo desejado.[138] Ocorreu a morte de Diana, Princesa de Gales, no dia 31 de agosto de 1997, um ano depois do divórcio. A rainha estava de férias com seu filho e netos no Castelo de Balmoral. Guilherme e Henrique, os filhos de Diana, queriam ir a igreja, então Isabel e Filipe os levaram naquela manhã.[139] Depois dessa única aparição pública, a rainha e o duque blindaram seus netos por cinco dias do enorme interesse da imprensa, permanecendo em Balmoral onde poderiam lamentar em particular.[140] O povo britânico ficou consternado pela reclusão da família real e o fato que a bandeira não foi hasteada a meio-mastro no Palácio de Buckigham.[122][141] Pressionada pela reação hostil, Isabel concordou com uma transmissão ao vivo para o mundo ao voltar para Londres em 5 de setembro, um dia antes do funeral de Diana.[142] Na transmissão, ela expressou admiração por Diana e seus sentimentos “como avó” pelos netos Guilherme e Henrique. Grande parte da hostilidade pública desapareceu.[143] Jubileu de Ouro Isabel em 2007 Isabel celebrou em 2002 seu Jubileu de Ouro. Sua irmã e mãe morreram em fevereiro e março respectivamente, com toda a imprensa especulando se o jubileu seriam um sucesso ou fracasso.[144] Ela novamente realizou várias viagens por seus reinos, começando pela Jamaica em fevereiro, onde chamou de “memorável” o banquete de despedida após uma queda de energia na King’s House, a residência oficial do governador-geral.[145] Como em 1977, houve festas nas ruas, eventos comemorativos e monumentos nomeados em homenagem à ocasião. Milhões de pessoas compareceram a cada um dos três dias principais de celebração em Londres,[146] com o entusiasmo demonstrado por Isabel sendo muito maior que vários jornalistas haviam previsto.[147] Apesar de sempre ter gozado de boa saúde, ela realizou uma laparoscopia nos joelhos em 2003. Em outubro de 2006, Isabel não pôde comparecer a abertura do Emirates Stadium por causa de dores musculares nas costas que a estavam incomodando por todo o verão.[148] O The Daily Telegraph reportou um maio de 2007 a partir de fontes anônimas que Isabel estava “exasperada e frustrada” pelas políticas do primeiro-ministro Tony Blair, que ela demonstrou preocupação pelas Forças Armadas do Reino Unido sobrecarregadas no Iraque e Afeganistão, e que tinha levantado preocupações sobre questões rurais e do campo com Blair repetidas vezes.[149] Entretanto, a rainha afirmou que admirava os esforços do primeiro-ministro para alcançar a paz na Irlanda do Norte.[150] Em 28 de março de 2008 na Catedral de São Patrício em Armagh, Isabel compareceu ao primeiro serviço da quinta-feira santa realizado fora da Inglaterra e do País de Gales.[151] A rainha fez a primeira visita oficial de um monarca britânico a República da Irlanda em maio de 2011, após um convite da presidente Mary McAleese.[152] As autoridades irlandesas desmantelaram um atentado à bomba que visava a vida de Isabel II. Donal Billings colocou uma bomba caseira dentro de um carro e espalhou outras bombas falsas pelo Castelo de Dublin, onde a rainha seria recebida pela. Billings foi condenado a oito anos e meio de cadeia por posse de explosivos e ameaça à bomba.[153] Isabel durante uma visita ao Queen’s Park em Toronto, 6 de julho de 2010 Isabel discursou para as Nações Unidas uma segunda vez em 2010, novamente em sua capacidade como rainha dos reinos da Commonwealth e sua chefe.[154] Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, a apresentou como “uma âncora para a nossa era”. Durante sua visita a Nova Iorque, que ocorreu depois de uma viagem pelo Canadá, ela oficialmente inaugurou um jardim memorial para as vítimas britânicas dos ataques de 11 de setembro de 2001.[155] A visita da rainha a Austrália em outubro de 2011, sua 16º desde 1954, foi chamada de “viagem de despedida” pela imprensa por causa de sua idade avançada.[156] Jubileu de Diamante e além O Jubileu de Diamante de Isabel em 2012 marcou os sessenta anos de suas ascensão ao trono real, com celebrações ocorrendo por todos seus reinos, pela Commonwealth e além. Em mensagem publicada no Dia da Ascensão, ela firmou: “Neste ano especial, enquanto novamente me dedico ao seu serviço, espero que todos nos lembremos do poder da união e da força de convocação da família, amigos e boa vizinhança … Também espero que este ano de Jubileu seja uma época para agradecer os grandes avanços que foram feitos desde 1952 e para olhar ao futuro com a cabeça limpa e coração caloroso”.[157] Ela e Filipe realizaram grandes viagens pelo Reino Unido, enquanto seus filhos e netos embarcaram em viagens reais pelos países da Commonwealth em seu nome.[158][159] Faróis do jubileu foram acesos pelo mundo em 4 de junho.[160] A rainha abriu as Olimpíadas de Verão de 2012 em 27 de julho e as Paraolimpíadas em 29 de agosto em Londres, tornando-se a primeira chefe de estado a abrir dois Jogos Olímpicos em dois países diferentes (ela também abriu os Jogos de 1986 em Montreal).[161] Para os jogos de Londres, Isabel interpretou si mesma em um curta-metragem parte da cerimônia de abertura junto com Daniel Craig como James Bond.[162] Em 4 de abril de 2013, ela recebeu um prêmio BAFTA honorário por sua patronagem à indústria do cinema, sendo chamada na cerimônia de “a mais memorável Bond girl até hoje”.[163] Isabel se tornou em 18 de dezembro de 2013 na primeira soberana britânica a comparecer a uma reunião de gabinete em tempos de paz desde o rei Jorge III do Reino Unido em 1781.[164] A Rainha ‘na abertura do Parlamento Galês em Cardiff, País de Gales; 2011 Isabel foi admitida no King Edward VII’s Hospital Sister Agnes em 3 de março de 2013 para a avaliação como uma precaução depois de desenvolver sintomas de gastroenterite. Ela recebeu alta e voltou ao Palácio de Buckingham no dia seguinte.[165] Por causa de sua idade avançada e a necessidade de limitar suas viagens, a rainha não compareceu ao bienal encontro dos chefes de governo da Commonwealth que ocorreu em novembro de 2013 no Sri Lanka; foi a primeira vez desde 1973 que ela não foi ao encontro. Isabel foi representada na reunião por seu filho e herdeiro, Carlos.[166] Isabel é a monarca de maior longevidade e a de reinado mais longo na história do Reino Unido, superando a rainha Vitória do Reino Unido em 9 de setembro de 2015.[167] É também a chefe de estado há mais tempo no cargo, tendo alcançado essa posição em outubro de 2016 após a morte do rei Bhumibol Adulyadej da Tailândia.[168] Ela não pretende abdicar,[169] apesar de ser esperado que a proporção de deveres oficiais realizados pelo príncipe Carlos em nome da rainha apenas aumente enquanto Isabel diminui seus compromissos.[170] Segundo atentado No dia 25 de dezembro de 2021, um jovem de 19 anos invadiu o Palácio Real, mascarado com capuz (segurando uma besta),[171] dizendo que iria tentar matar a rainha com o objetivo de vingança, foi pego e foi encaminhado para um hospital psiquiátrico, por sorte, não chegou a encontrar com a Rainha.[172] Segundo o jornal The Mirror, o jovem se chama Jaswant Singh Chail.[173] Morte Ver artigo principal: Morte de Isabel II do Reino Unido Em 8 de setembro de 2022, o Palácio de Buckingham anunciou que a rainha estava sob supervisão médica em Balmoral depois que os médicos expressaram preocupação. A declaração dizia: “Após uma avaliação mais aprofundada esta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica. A rainha permanece confortável em Balmoral”.[174][175] Os quatro filhos da rainha, juntamente com suas noras, e o príncipe William e o príncipe Harry, viajaram para ficar com ela.[176][177] Sua morte foi confirmada horas depois.[178] Percepção pública e personalidade Já que Isabel raramente concede entrevistas, pouco se sabe sobre suas opiniões pessoais. Como monarca constitucional, ela não expressa suas próprias opiniões políticas de maneira pública. A rainha tem um grande sentimento de dever cívico e religioso e leva muito a sério seu juramento de coroação.[179][180] Além de seu papel religioso oficial como Governadora Suprema da estabelecida Igreja Anglicana, ela pessoalmente cultua com aquela igreja e com a nacional Igreja da Escócia.[181] Isabel já demonstrou apoio a diálogos inter-religiosos com líderes de outras igrejas e religiões, incluindo cinco papas: Pio XII, João XXIII, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.[182] Uma nota pessoal sobre sua fé frequentemente aparece em suas transmissões anuais da Mensagem Real de Natal para toda Commonwealth, como em 2000, quando falou sobre a significância teológica do milênio marcando o 2 000º aniversário do nascimento de Jesus Cristo: “ Para muitos de nós, nossas crenças são de importância fundamental. Para mim, os ensinamentos de Cristo e minha própria responsabilidade pessoal diante de Deus fornecem uma estrutura em que tento levar a minha vida. Eu, como muitos de vocês, alcancei grande conforto em tempos difíceis a partir das palavras e exemplos de Cristo.[183] ” Isabel cavalgando com Ronald Reagan em Windsor, 1982 A rainha é patrona de mais de seiscentas organizações e instituições de caridade.[184] Seus principais interesses de lazer incluem equitação e cachorros, especialmente seus welsh corgis pembroke.[185] Seu amor por corgis começou em 1933 com Dookie, o primeiro corgi pertencente a sua família.[186][187] Cenas de uma vida caseira relaxada e informal foram ocasionalmente testemunhadas; Isabel e sua família costumam preparar de tempos em tempos um almoço juntos.[188] Na década de 1950, como uma jovem mulher no início de seu reinado, Isabel era representada como uma glamorosa “rainha de conto de fadas”.[189] Depois dos traumas da guerra, era uma época de esperanças, um período de progresso e realizações anunciando uma “nova era Isabelina”.[190] A acusação de lorde John Grigg, 2.º Barão Altrincham, que seus discursos soavam como os de uma “pedante colegial” foi uma rara crítica.[191] Foram feitas tentativas no final da década de 1960 para retratar uma imagem mais moderna da monarquia através do documentário televisivo Royal Family e a transmissão da investidura de Carlos como Príncipe de Gales.[192] Em público, Isabel passou a usar sobretudos de cores sólidas e chapéus decorativos, permitindo que seja vista facilmente em multidões.[193] Em seu Jubileu de Prata, as multidões e celebrações estavam genuinamente entusiásticas,[194] porém cresceram na década de 1980 as críticas contra a família real enquanto as vidas pessoais de Isabel e seus filhos passaram a ser escrutinadas pela mídia.[195] Sua popularidade chegou ao ponto mais baixo na década de 1990. Sob pressão da opinião pública, a rainha passou a pagar imposto de renda pela primeira vez e o Palácio de Buckingham foi aberto ao público.[196] O descontento com a monarquia alcançou seu auge com a morte de Diana Spencer, apesar da popularidade pessoal de Isabel e o apoio a monarquia terem se recuperado depois da transmissão cinco dias depois.[197] Um referendo feito em novembro de 1999 na Austrália sobre o futuro da monarquia australiana foi a favor de sua retenção ao invés de um chefe de estado eleito indiretamente.[198] Enquetes no Reino Unido em 2006 e 2007 revelaram grande apoio a Isabel,[199][200][201] e referendos em Tuvalu em 2008 e São Vicente e Granadinas em 2009 recusaram propostas para tornarem-se repúblicas.[202] Isabel foi retratada durante seu reinado em vários meios por muitos artistas notáveis, incluindo os pintores Lucian Freud, Peter Blake, Juliet Pannett, Chinwe Chukwuogo-Roy, Terence Cuneo, Tai-Shan Schierenberg e Pietro Annigoni. Fotógrafos notáveis da rainha incluem Cecil Beaton, Yousuf Karsh, Patrick Anson, 5.º Conde de Lichfield, Terry O’Neil, Annie Leibovitz e John Swannell.[203] Seu primeiro retrato oficial foi tirado por Marcus Adams.[204] Finanças O Castelo de Balmoral, residência particular de Isabel na Escócia A fortuna pessoal de Isabel tem sido alvo de especulações há anos. A revista Forbes já estimou seu patrimônio líquido estando por volta de 450 milhões de dólares em 2010,[205] porém declarações oficiais do Palácio de Buckingham em 1993 afirmam que estimativas de cem milhões de libras são “muito exageradas”.[206] Jock Colville, ex-secretário particular e ex-diretor do banco da rainha, o Coutts, estimou sua fortuna em 1971 em dois milhões de libras (equivalente a por volta de 24 milhões nos dias atuais).[207][208] A Royal Collection (que inclui obras de arte e as Joias da Coroa) não é propriedade pessoal de Isabel e é mantida em fideicomisso,[209][210] assim como os palácios ocupados, como o Palácio de Buckingham e o Castelo de Windsor,[211] além do Ducado de Lencastre, uma carteira de imóveis de valor estimado em 429 milhões de libras em 2013.[212] A Casa Sandringham e o Castelo de Balmoral são propriedades pessoais da rainha.[211] As Propriedades da Coroa britânica – com arrendamentos de 7,3 bilhões de libras em 2011[213] – são mantidos em fideicomisso e não podem ser vendidos ou mantidos por Isabel pessoalmente.[214] Viagens Isabel II é a chefe de estado mais viajada de toda a história. Desde sua ascensão ao trono visitou 110 países, na maioria das vezes como soberana do Reino Unido mas pelo menos duas ocasiões também como Rainha do Canadá (em 1957 e 1959) e em ambas o destino foi os Estados Unidos – onde foi recebida pelo presidente Eisenhower. A rainha não tem passaporte, pois o documento é requerido em nome de Sua Majestade, logo é desnecessário que a rainha tenha um em sua posse. A primeira viagem internacional como monarca foi em novembro de 1953, uma visita de dois dias ao Panamá, e a última foi em junho de 2015, quando esteve três dias na Alemanha. Daí para a frente delegou a tarefa no filho príncipe Carlos. O país mais visitado pela monarca foi o Canadá onde fez 22 visitas oficiais, acompanhada pelo marido, Filipe, Duque de Edimburgo ou pela filha, a princesa Ana. Isabel II visitou Portugal por duas vezes. Na primeira, em 1957, durou quatro dias e o anfitrião foi Francisco Craveiro Lopes. Em 1985 esteve no país durante 5 dias e foi recebida por António Ramalho Eanes.[215] Títulos, estilos e brasões Ver artigo principal: Lista de títulos e honrarias de Isabel II Estilo de tratamento de Isabel II do Reino Unido Cifra real de Isabel Estilo Sua Majestade Tratamento direto {{{directo}}} Estilo alternativo Sua Majestade Britânica Títulos e estilos • 21 de abril de 1926 – 11 de dezembro de 1936: “Sua Alteza Real, princesa Isabel de Iorque” • 11 de dezembro de 1936 – 20 de novembro de 1947: “Sua Alteza Real, a princesa Isabel” • 20 de novembro de 1947 – 6 de fevereiro de 1952: “Sua Alteza Real, a princesa Isabel, Duquesa de Edimburgo” • 6 de fevereiro de 1952 – 8 de setembro de 2022: “Sua Majestade, a Rainha” Isabel mantém vários títulos e posições honorárias por toda Commonwealth, é soberana de muitas ordens e recebeu honrarias e prêmios por todo o mundo. Em cada um de seus reinos possui um título distinto que segue a mesma fórmula: “Rainha da Jamaica e de Seus Outros Reinos e Territórios” na Jamaica, “Rainha da Austrália e de Seus Outros Reinos e Territórios” na Austrália, e assim por diante.[216] Nas Ilhas do Canal e na Ilha de Man, que são Dependências da Coroa Britânica e não reinos separados, é conhecida como Duque da Normandia e Lorde de Man, respectivamente. Outros estilos incluem Defensora da Fé e Duque de Lencastre.[217] Ao conversar com a rainha, a prática é inicialmente se dirigir a ela como “Vossa Majestade” e depois como “Senhora”.[218] Brasões De 21 de abril de 1944 até sua ascensão, o brasão de Isabel consistia em um losango com o real brasão de armas do Reino Unido diferenciado por um lambel de três pés, o pé central tendo a Rosa de Tudor e o primeiro e terceiro tendo a Cruz de São Jorge.[219] Ao ascender ao trono, ela herdou o brasão de seu pai; esquatrelado, I e IV goles, três leões passant guardant or em pala (pela Inglaterra); II or, um leão rampant dentro de um treassure flory-contra-flory goles (pela Escócia); III Azure, uma harpa or com cordas argente (pela Irlanda). Na Escócia, os quarteis I e IV são ocupados pelo leão escocês e o quartel II pelos leões ingleses. Os timbres, lemas e suportes também são diferentes na Escócia.[220] Isabel também possui estandartes reais e bandeiras pessoais para uso no Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Bahamas e outros.[221]

Escritor: Thiago Gomes Amorim

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