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Maioria do STF entende que Musk quer ‘emparedar a Corte’; magistrados concordam com decisão Moraes

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Por Gerson Camarotti

A percepção entre a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é que o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X, está tentando “emparedar” a Corte, ao não respeitar as decisões do ministro Alexandre de Moraes e a legislação brasileira. 

Essa percepção é compartilhada por vários ministros, embora não seja unânime. Eles avaliam que Musk está fazendo provocações para criar um constrangimento ao Judiciário brasileiro. 

Atualmente, há uma maioria de ministros disposta a apoiar decisões futuras tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes em relação ao caso. 

Todos estão aguardando o próximo movimento de Musk e o cumprimento de prazos estabelecidos pela Justiça. 

Se necessário, a Corte não descarta medidas mais drásticas, como a suspensão temporária da plataforma no Brasil, caso Musk continue a desrespeitar as leis locais. 

Essa postura está gerando uma unidade maior entre os ministros do STF em torno das ações de Moraes, que tem liderado as investigações e decisões relacionadas às plataformas digitais no país. 

A expectativa agora é sobre como Musk responderá às exigências da Justiça brasileira e quais serão os próximos passos da Suprema Corte. 

Segundo os magistrados, o proprietário da rede social está investindo em provocações. 

24h para instituir representante legal no Brasil

Na quarta-feira (28), Moraes deu 24h para o X instituir um representante legal no Brasil

O ministro também ordenou que o X pagasse multas pendentes, que foram aplicadas diante da desobediência da rede em tirar do ar perfis que, de acordo com a Justiça, infringiram a lei ao disseminar informações falsas e ataques contra as instituições democráticas. 

O X desmontou o escritório no Brasil há duas semanas. A plataforma, cujo dono é o bilionário do Vale do Silício Elon Musk, justificou que havia recebido ordens judiciais de Moraes — em sigilo de Justiça — que mencionavam, entre as penas em caso de desobediência, a prisão da então responsável pelo escritório do X no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. 

O escritório no Brasil foi fechado, mas o X continuou oferecendo o serviço da plataforma para os usuários brasileiros. 

Essas intimações alegadas pelo X, que falavam em prisão da representante legal, ainda não se tornaram públicas.