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Rodoviários de Teresina realizam paralisação e Strans inicia cadastro de veículos para reforçar transporte público.

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O sistema de transporte público por ônibus de Teresina enfrentou paralisações parciais nesta sexta-feira (9), organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro). A categoria cobra reajuste salarial de 15% e melhorias nos benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde.

As paralisações ocorreram em dois momentos do dia: no início da manhã, quando os ônibus não saíram das 11 garagens da capital, e novamente à tarde. Apenas dois veículos, que atendem a zona rural sul, chegaram a circular nas primeiras horas. A operação foi retomada gradualmente a partir das 8h. Segundo o Sintetro, novas paralisações estão previstas.

Em resposta ao movimento, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que está recebendo o cadastro de veículos particulares para atuarem como suporte ao transporte coletivo, caso o movimento se intensifique. Os interessados devem apresentar a documentação do veículo e do condutor até as 18h desta sexta-feira (9) ou entre 7h30 e 12h no sábado (10), diretamente na sede da Strans.

Cláudio Gomes, secretário de imprensa do Sintetro, afirmou ao g1 que as tentativas de negociação estão ocorrendo desde janeiro. “Esse é o primeiro ano, em três à frente do sindicato, em que passamos o Dia do Trabalhador sem a convenção coletiva aprovada”, destacou.

Hoje, segundo o sindicato, cerca de 250 ônibus circulam nos horários de pico em Teresina. Fora desse período, o número cai para menos de 200.

Posicionamento oficial

Em nota, a Strans informou que participou de reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) junto ao Sintetro e ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut), para discutir as demandas da categoria. A superintendência reforçou que, caso uma greve seja confirmada, adotará medidas para garantir a operação mínima do serviço, conforme prevê a legislação.

O Setut também se manifestou, afirmando reconhecer as reivindicações dos trabalhadores e que foi proposta a renovação da convenção coletiva por dois anos, mantendo os benefícios atuais e prevendo negociações anuais sobre as cláusulas econômicas. A entidade ressaltou ainda que uma paralisação neste momento pode aprofundar a crise no setor, que já sofre com queda de demanda e dificuldades financeiras, podendo inclusive levar à redução da frota e demissões.

O sindicato patronal informou que encaminhará ofício ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) destacando os possíveis impactos negativos à população e reafirmou sua disposição em buscar uma solução equilibrada e sustentável para o impasse.