A Secretaria da Saúde do Distrito Federal confirmou, no início da tarde desta quinta-feira (2), dois casos da variante ômicron da Covid-19, em Brasília. Segundo a pasta, exames laboratoriais comprovaram a infecção.
Em entrevista coletiva, o secretário general Manoel Pafiadache disse que as confirmações se referem a duas pessoas que estavam em um voo que veio da África do Sul, passou pela Etiópia e aterrissou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo no sábado, 27 de novembro. De Guarulhos, os dois passageiros – que não são da mesma família – seguiram para Brasília.
“O sequenciamento confirmou a presença da ômicron nos dois passageiros”, diz o secretário.
De acordo com Pafiadache, um dos infectados está com sintomas e o outro permanece assintomático. Ambos foram isolados.
O secretário informou também que as equipes da secretaria acompanham todos os passageiros que estavam no voo de São Paulo para Brasília. No total, 66 pessoas estão sendo monitorados no DF.
Com essas novas confirmações, o Ministério da Saúde eleva para cinco o número de pessoas contaminadas pela variante ômicron no país.
Os infectados do DF
Na terça-feira (30), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do DF (Cievs), anunciou que investigava um possível caso. Tratava-se de um homem, com idade entre 40 e 49 anos, que havia viajado para a África do Sul.
No mesmo dia, o governador Ibaneis Rocha (MDB) cancelou as festas de réveillon programadas para este ano na capital federal.
Na quarta (1°), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações sobre a eficácia e efetividade dos imunizantes usados no Brasil contra a ômicron. No mesmo dia, a agência enviou um novo parecer à Casa Civil do governo Jair Bolsonaro para pedir a adoção de medidas mais rígidas no acesso de viajantes ao país. A intenção é evitar o aumento dos casos de Covid-19 após a descoberta da variante.
Segundo a Anvisa, “o cenário é preocupante, entre outros motivos, porque os países no sul da África mais atingidos pela ômicron têm baixa cobertura vacinal”. A agência alerta que ao não exigir o comprovante de vacinação, o Brasil facilita a entrada de pessoas não vacinadas, e que podem estar carregando o vírus.
Fonte: G1