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Dr. Pessoa nega ter deixado dívidas para a atual gestão da Prefeitura de Teresina.

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Dr. Pessoa nega dívida bilionária e promete acionar a Justiça contra acusações de Silvio Mendes

Em entrevista à TV Clube nesta quarta-feira (7), o ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), rebateu as declarações do atual gestor, Silvio Mendes (União Brasil), que o responsabilizou por uma dívida bilionária herdada pela administração municipal. Dr. Pessoa negou ter deixado valores pendentes e afirmou que acionará a Justiça para esclarecer o caso.

As declarações surgem após Silvio Mendes anunciar, na terça-feira (6), a existência de uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão em contas, contratos e empréstimos supostamente deixados pela gestão anterior. Já nesta quarta-feira, o prefeito atual revisou o valor e disse que a dívida chega a R$ 3 bilhões.

“É metade de todo o dinheiro que a prefeitura precisa para cuidar da cidade durante um ano”, afirmou Mendes.

Dr. Pessoa rebateu e cobrou provas formais das acusações.

“Ele precisa apresentar esses documentos à Câmara Municipal, ao Tribunal de Contas do Estado e demais órgãos de controle. Só assim poderemos avaliar o que de fato foi feito na nossa gestão. Reconheço minha falta de experiência política, mas, se houver algo errado, eu vou responder na Justiça. Agora, ele que cuide da administração e pare de usar meu nome em fanfarras”, declarou o ex-prefeito.

Ao ser questionado sobre a reprovação de suas contas de 2023 pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Dr. Pessoa defendeu sua transparência no cargo.

“Minha gestão foi de portas abertas para todos os órgãos de fiscalização. Se houve algo irregular, a responsabilidade será atribuída a quem estava à frente da pasta na época. Eu deleguei funções, admito minha inexperiência”, disse.

Dívidas detalhadas pela atual gestão

Durante coletiva, o prefeito Silvio Mendes detalhou os valores que, segundo ele, compõem o rombo nas contas públicas:

R$ 480 milhões em restos a pagar de 2023; R$ 280 milhões em depósitos e consignações; R$ 100 milhões em outras despesas de exercícios anteriores; R$ 212 milhões a empresas terceirizadas; R$ 110 milhões da Fundação Municipal de Saúde.

Além disso, Mendes citou dívidas com instituições financeiras:

R$ 620 milhões de juros com o Banco do Brasil; R$ 100 milhões com o Banco de Brasília (BRB); R$ 100 milhões com a Caixa Econômica Federal; R$ 502 milhões devidos ao Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT).

“Somando tudo, ultrapassamos os R$ 3 bilhões. Isso compromete metade do orçamento anual da cidade, estimado em R$ 6 bilhões”, afirmou o prefeito.