Polícia Civil pediu prisão preventiva do suspeito de estelionato, mas MPRJ devolveu para mais investigações. ‘Fui roubado e tive o nome sujo’, postou o ator.
Por Dayane Zimmermann*, g1 Rio
Marcos Oliveira como Beiçola — Foto: Paulo Belote/TV Globo
A Polícia Civil investiga um golpe denunciado pelo ator Marcos Oliveira, o Beiçola de “A Grande Família”. Segundo revelou ao jornal O Globo o artista, que vive dificuldades financeiras e sofre uma ação de despejo, o prejuízo foi de cerca de R$ 300 mil.
“Entendam que fui roubado e tive o nome sujo. Eu tinha nome limpo e um trabalho. Mas até isso esse sujeito tirou de mim. Ainda confio na Justiça e sei que ele será preso, pelo que fez comigo e com outros idosos que ele cometeu o mesmo crime”, postou em uma rede social.
A polícia fez o pedido de prisão preventiva do suspeito de estelionato, identificado como Filipe Peres – o g1 tenta contato com a defesa dele para um posicionamento.
O caso, investigado pela 9ª DP (Catete), é acompanhado pelo Ministério Público do Rio, que alegou que haver a necessidade do prosseguimento das investigações. Com isso, a Justiça negou o pedido de prisão.
Oferta para ajudar com redes sociais
Ao Globo, o ator revelou que recebeu uma oferta de ajuda de Peres para cuidar de suas redes sociais. Na época, Marcos havia acabado de fazer uma cirurgia e estava acamado.
De acordo com o ator, com a desculpa de gerenciar as redes digitais do artista, Felipe se apropriou do celular de Marcos e retirou cerca de R$ 84.347,28 de sua conta. O ator contou também que havia recebido este dinheiro através de doações por estar com dificuldades de conseguir trabalho.
“Eu quero trabalhar! Me deixem trabalhar, me chamem para trabalhar. Não é possível que não haja trabalho pra uma pessoa de quase 70 anos que só quer atuar. Publicidade, cinema, teatro, tv. Não me ofendam, me chamem pra trabalhar. Eu vou”, escreveu em uma postagem.
O restante do dinheiro, segundo o artista, saiu de empréstimos que Filipe fez em seu nome, no total de R$ 228.192,59, realizado pelos aplicativos de dois bancos privados.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que a investigação está em andamento, é acompanhada pelo Ministério Público e agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.