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Governo brasileiro pede contenção de tensões no Líbano e em Israel e desencoraja viagens para a região

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Palácio do Itamaraty disse que o governo acompanha a situação com “grave preocupação” e que está orientando a comunidade brasileira no Líbano.

Por g1 — Brasília


Vista mostra fumaça e fogo no lado libanês da fronteira com Israel, em 25 de agosto de 2024 — Foto: REUTERS/Aziz Taher 

Ministério das Relações Exterioresafirmou em nota publicada neste domingo (25) que o governo brasileiro acompanha com “grave preocupação” a escalada de “tensões” no Líbano e em Israel, ocorrida neste domingo. 

O Itamaraty também afirmou que desencoraja “fortemente” que brasileiros viagem para a região neste momento e que está orientando a comunidade brasileira no Líbano pela internet e pelas redes sociais da embaixada brasileira em Beirute. 

O exército israelense ordenou bombardeios no sul do Líbano neste domingo (25) após identificar planos para uma ofensiva do grupo extremista Hezbollah contra o país. 

Como resposta, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou um ataque em larga escala contra Israel, que declarou estado de emergência. 

“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a escalada de tensões observada, na última madrugada, no Líbano e em Israel, com ataque israelense contra alvos no Sul do Líbano e lançamento de foguetes pelo Hezbollah contra o território israelense”, afirmou o Itamaraty em nota. 

“O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio”, continuou o governo brasileiro. 

Entenda a escalada do conflito

Neste domingo, o exército de Israel disparou bombardeios aéreos “preventivos” contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, após detectar planos para uma investida significativa em seu território. 

Depois disso, o Hezbollah, considerado um grupo terrorista por vários países, como Estados Unidos, França e Alemanha, afirmou ter iniciado a “primeira fase” de um grande ataque contra Israel, disparando 320 foguetes e drones, atingindo 11 locais militares do país. 

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, então decretou um estado de emergência de 48 horas em todo o país, começando às 6h da manhã deste domingo. Voos também foram suspensos no aeroporto de Tel Aviv. 

Mais tarde, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os líderes do Hezbollah e do Irã devem entender que a resposta do país foi “mais um passo para mudar a situação no Norte” de Israel e que “isso não é o fim da história”. 

Já o Hezbollah afirmou que a operação deste final de semana foi “concluída e realizada” com sucesso.